Para entrar no pleito eleitoral, político deveria prestar concurso
Grace Barros
Nos modelos e formas de governo existentes, teoricamente o que o povo assume maior poder de decisão é a República Presidencialista Democrática. Longe de ser elitista, mas como administrar bem o país e ser democrático concedendo do direito de voto a cidadãos sem senso crítico, capacidade de análise e baixo grau de instrução?
No Brasil, 21% (IBGE, 2008) da população é analfabeta e 50% não tem nem 7 anos de estudo. Grande parte dos brasileiros afirma não gostar de política, não se interessam pelo assunto e parecem não ter discernimento sobre o quanto o fato de exercer o direito da votação pode afetar o futuro da sua cidade, estado ou país.
Enquanto bilhões em verba são desviados para incisivas propagandas eleitorais, sendo parte disso provindo dos cofres públicos e arrecadações do bolso do povo, continuam assumindo os cargos políticos os mais influentes, os mais ricos e os mais corruptos, enquanto deveríamos destinar os vagos para os mais competentes, mais lúcidos e eficazes.
O povo facilmente é influenciado e troca seus cliques na urna eletrônica por medíocres cestas básicas, bolsa-família ou um “bico” temporário”. Enquanto medidas de políticas públicas para sanar a fome, o desemprego e aumentar a renda familiar deveriam ser uma constante prioridade da ação governamental, e não simplesmente para se elegerem.
Até mesmo candidatos com passado criminal recheado, alguns tão pouco instruídos, e tão pouco preocupados com a evolução econômica, social e educacional do nosso país, conseguem se eleger. Na verdade estão preocupados com a evolução econômica de seus familiares, iludidos com enriquecimento rápido e sujo provindo da deturpação de leis e da corrupção.
Enquanto nós possuímos as maiores riquezas naturais, temos um dos maiores territórios, trabalhadores batalhadores e potencial para ser a maior economia do mundo, nós vamos sobrevivendo a duras penas em algumas regiões e crescendo de maneira discreta em dígitos arrastados numa visão econômica global, sendo ultrapassados por países como a China, que não apresentam nem metade do nosso potencial econômico.
Se visualizarmos o Brasil como uma grande empresa, concluímos que temos atuação em grande expansão geográfica, poder de mercado, matérias-primas excepcionais, tecnologia o suficiente para gerar bons frutos (apesar de precisar de mais para explorar todo o seu potencial), mão-de-obra esforçada, capital para investimentos....E o que falta? Muitos acreditam que falta ADMINISTRAÇÃO, BONS GESTORES e a qualificação dessa mão-de-obra guerreira desde da educação de base. Raciocinando ainda com essa visão empresarial do Brasil, o processo mais democrático e justo para seleção e recrutamento de profissionais qualificados para uma instituição governamental, em cargos tão fundamentais para o futuro do país, seria o concurso público.
Não é democracia, gerontocracia ou aristocracia, a nossa filosofia de governo devia ser a meritocracia, com concursos só para candidatos com 3° grau completo e sem ficha criminal. Com mandato quadrienais, haveria eleições a cada 2 anos para mudar a metade do congresso. Antes das eleições a cada 4 anos, uma votação entre os políticos para eleger os maiores cargos como vice-presidente, presidente e ministros, pois entre eles todo mundo sabe quem é quem.
Assim, quem quiser estuda e se candidata, quem merecer fica! Porque para vestir a tão honrada camisa política desse riquíssimo país, tinha que merecer!
Grace Barros
Professora de Ed. Física
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Gerente de marketing de rede FLP
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Lembrei-me agora de um comentário infeliz que escutei há alguns dias... Eu estava em um ônibus e escutei o motorista falar (durante uma conversa com uma pessoa que ele conhecia) que morava aqui na capital, mas fazia questão de votar em uma cidade do interior, onde nasceu. "Porque na época das eleições, no interior, pode-se ganhar qualquer R$100,00 numa boa!"
ResponderExcluirEnfim... se os políticos, de um lado, retiram a sua grana dos cofres públicos para fins diversos; também há eleitores que parecem não se importar muito com isso... também ganham a sua grana em troca do seu voto aos mesmos políticos que têm posturas anti-éticas e irresponsáveis tal qual os eleitores que os elegem.
Quanto ao concurso público para cargos políticos, acho muito justo! Há concursos para Forças Armadas; tribunais; ministérios; universidades; entidades federais, estaduais e municipais, etc. Porque não para os cargos políticos também?!
Sabemos que em qualquer concurso público há possibilidade de fraudes, mas a maioria dos que são aprovados são pessoas que podem até não ter tanta experiência, porém, possuem bom nível educacional, competência, inteligência, perseverança, além de outras qualidades. E após nomeação, cada candidato aprovado tem de apresentar certidões de antecedentes criminais, de tributação, e declarações de bens e de cargos públicos ou não; o que seriam bastante úteis para os cargos a que se candidatariam.
Eu apoiaria essa idéia!