Uma excelente resenha crítica do artigo da pesquisadora american a, anexado.
Ela comprova a necessidade do conhecimento aprofundado que segue de encontro frontal com nossa cultura do corta, copia e cola.
Vale muito a pena ler ambos.
Ela comprova a necessidade do conhecimento aprofundado que segue de encontro frontal com nossa cultura do corta, copia e cola.
Vale muito a pena ler ambos.
FERNANDO VELOSO
FOLHA DE SP
Estudos comprovam que a qualidade da educação influi mais no desempenho do país que acesso à escola
A educação é amplamente reconhecida como um dos principais determinantes do crescimento econômico. De fato, alguns dos países que mais cresceram nas últimas décadas -Coreia do Sul, Hong Kong e Cingapura- aparecem regularmente no topo das avaliações internacionais do nível de aprendizagem dos estudantes.
Existem pelo menos três mecanismos por meio dos quais a educação pode estimular o crescimento. O primeiro fator está relacionado à elevação do nível de qualificação da população e, em função disso, da produtividade do trabalho.
Os outros dois estão associados à sua importância para o progresso tecnológico. Por um lado, a educação aumenta a capacidade de inovação na economia e favorece o surgimento de novas tecnologias. Além disso, facilita a absorção de tecnologias já existentes e sua adoção no processo produtivo.
A despeito das diversas razões teóricas e dos casos de sucesso, somente na última década a relação empírica entre educação e crescimento foi claramente estabelecida. O processo por meio do qual isso ocorreu contribuiu de forma importante para a compreensão do papel da educação para a elevação do padrão de vida da população.
Em um conhecido estudo publicado dez anos atrás, "Where Has All the Education Gone?", Lant Pritchett (anexei o PDF) mostrou que, apesar de vários indicadores educacionais terem melhorado significativamente nas últimas décadas em vários países da África e da América Latina, o crescimento desses países foi nulo ou mesmo negativo se analisado durante o mesmo período. As evidências empíricas encontradas por Pritchett foram alçadas à categoria de "paradoxo da educação" por William Easterly em seu livro "The Elusive Quest for Growth", o que motivou uma série de estudos.
Dentre as várias explicações, a mais importante foi a que estabeleceu o papel crucial da qualidade da educação. Em várias pesquisas, Eric Hanushek mostrou que o nível de aprendizagem dos alunos, medido pelo seu desempenho em testes padronizados de matemática e ciências, tem um grande impacto no crescimento econômico.
Além disso, a qualidade da educação tem um efeito muito maior no desempenho econômico do que medidas de quantidade, como taxas de matrícula e número de anos de estudo da população.
Segundo Hanushek, o fraco crescimento econômico da América Latina em comparação aos países do Sudeste Asiático deve-se em grande medida ao fato de que, apesar dos progressos em indicadores de quantidade, a qualidade da educação nos países latino-americanos ainda é muito baixa.
O desafio para esses países será complementar o acesso à escola com políticas que assegurem um nível elevado de qualidade da educação. Disso dependerão suas perspectivas de crescimento econômico sustentado.
FERNANDO VELOSO, 44, é pesquisador do Ibre/FGV.
.
hoje muitos pais sao culpados pelo filhos nao estudarem, por que muitas vezes so pensam em trabalho e esquecem dos filhos, quando chegam do trabalho reclamam que estao cansados e nao ver o caderno dos filhos, educaçao nao é só colocar o filho na escola e sim se preocupar com eles.
ResponderExcluir