26/11/2010
Um boato É apenas um boato. Uma informação falsa difundida por alguém com intenções nefastas. Basta que uma só pessoa acredite nela para que seu papel desagregador esteja cumprido. Em sua edição de ontem, este Jo rnal do Brasil noticiou o envio de um e-mail ao presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira. Na mensagem, Vieira era aconselhado a não sair de casa hoje e amanhã e, caso o fizesse, que fosse num veículo blindado. Pela cidade, circulam versões de que o crime organizado fluminense pretende fazer novos ataques, de maiores proporções desta vez, nas próximas 48 horas.
Na situação vivida atualmente pela população do estado do Rio, tudo é possível. Mas o governador Sérgio Cabral está coberto de razão quando pede que todos mantenham suas rotinas. A partir do momento em que os criminosos conseguirem prender em suas casas, amedrontados, todos os cidadãos de bem, eles terão vencido uma das batalhas desta guerra. A polícia está toda nas ruas. Os fuzileiros navais já foram convocados e participaram da operação de ontem na favela Vila Cruzeiro, no complexo da Penha. Cada vez mais, os marginais se veem acuados. Não há motivos para que esses boatos tenham mais força do que seus próprios mentores, já acuados pelas forças de segurança.
Corre na cidade que, neste sábado, o Palácio Guanabara e a sede da prefeitura podem ser atacados. Parentes de políticos também estariam correndo riscos. Melhor não dar ouvidos e lembrar das imagens de ontem, quando centenas de traficantes corriam em fuga desesperada pelas matas que ligam o complexo da Penha ao do Alemão, na Zona Norte do Rio.
A novidade concreta de hoje não deverá ser nenhuma confirmação de boato. Até porque mentiras nunca se confirmam. O fato novo, ou um deles, é a entrada em cena de um efetivo da Polícia Federal, que vai participar de operações junto com as polícias Civil e Militar. As invasões do Alemão e da Rocinha são questão de tempo. Não são boatos.
.
.
ResponderExcluirPara manter a governabilidade,
independentemente dos partidos no poder,
a ordem social deve ser mantida.
Senão, o caos hobbesiano.