Sendo muito comum entre governos de alinhamento ideológico de esquerda não lograrem êxito em suas administrações, a Venezuela é um pitoresco país que há anos vem sentando em cima de uma das mais cobiçadas riquezas.
O que impede a Venezuela de crescer, inobstante a expressiva quantidade de petróleo tem a ver com um conjunto comum nos países da América Latina e Central: demografia, geografia, topografia, climatologia, idiossincrasia e, sobretudo, fraqueza das instituições e omissão dos cidadãos a uma séria governança dos bens e destinos da sociedade.
Nós, da mesma forma que a Venezuela e, como se mostra agora, a Grécia, poderemos incorrer no mesmo erro. Nota-se que, apesar dos avanços mostrados pelo governo, nosso índice de produção intelectual e tecnológica é muito baixo, o que nos torna menos competitivos e dependentes de investimentos externos eternamente. Neste mister, a escassez de mão-de-obra especializada e nosso alto índice de analfabetismo funcional servem de um poderoso arrasto para nosso avanço. Como o governo vem rifando nossas riquezas ao longo dos últimos anos, logo logo não teremos tantas para poder fazer frente aos desafios que advirão.
CARACAS (AFP) - A economia da Venezuela, em recessão desde 2009, terá "uma retomada" nos próximos três anos, disse neste domingo o presidente venezuelano Hugo Chávez.
"A retomada vem agora. Assustem-se, porque vai ser espantoso para vocês (opositores). Vamos ver a retomada econômica, o desenvolvimento de 2010, 2011 e 2012", disse Chávez durante seu programa dominical "Alô, Presidente".
O Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela caiu 5,8% no primeiro trimestre de 2010, segundo dados do Banco Central (BCV), o que representa o quarto período de queda consecutiva da economia venezuelana e o recrudescimento da recessão no país.
Esta semana, Chávez minimizou a queda econômica, que, a seu ver, significa "o velório do capitalismo" e o crescimento do "modelo econômico socialista".
Chávez insistiu neste domingo que é preciso modificar os métodos tradicionais para medir inflação e crescimento, alegando que os atuais não levam em conta o impacto dos planos do governo nas zonas populares.
"É necessário que elaboremos outros métodos (...) É uma revolução e não se pôde ou não se quis elaborar um método adaptado à realidade venezuelana", questionou o mandatário.
A inflação na Venezuela chegou a 5,2% em abril e acumula 11,3% neste ano. Em 2009, a variação dos preços fechou em 25,1%, a mais alta da América do Sul.
O governo venezuelano prevê um crescimento de 0,5% do PIB em 2010.
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