O problema está na Educação adequada para aqueles cidadãos. Claro, óbvio, cristalino. Contudo, se eles tivessem educação fariam tão diferente? Penso que não.
Como diriam meus estimados amigos da Rep Dominicana, "me explico".
Queiramos ou não foi um ponto forte de Lula e seu governo. O estado é um dos melhores beneficiados em programas de inclusão social. Claro está que dificilmente seria na dimensão de diminuir aquelas dificuldades, mas para quem conhece o Piauí, se não houver bolsas lá a economia não desenvolve em sua integralidade, e o cidadão fica desguarnecido.
O problema se deve ao baixo índice de concentração industrial devido a um também baixo índice de vias de transporte rodoviário e ferroviário e de fornecimento de energia. São problemas estruturais de um estado que não lhe permitem ir muito além da ajuda federal.
Neste ponto, sendo coerente com meus princípios é que defendo a estratégia de Lula para redução de desigualdade naquela região. Da mesma forma defendo e torço para a continuação do projeto de transposição de águas do São Francisco para que os dutos vicinais possam levar irrigamento àquelas produções agrícolas.
Nas atuais condições não há como se promover desenvolvimento e inclusões sociais adequadas. Não as havendo a Educação continuará incipiente, e assim sendo, a tendência do voto utilitário do cidadão para tentar compensar suas dificuldades estruturais é alta.
O paradoxo da questão está no fato do Estado ter suas instituições fortes o suficiente para fiscalizar o dolo, no entanto, convenhamos, ali seria, nas condições, um pecado menorzinho em prol da diminuição das dificuldades daqueles cidadãos.
Um em cada cinco cidades do Piauí teve prefeito cassado
O Piauí --Estado com a pior taxa de analfabetismo funcional e a terceira menor renda per capita do país-- teve prefeitos cassados em quase 20% de suas 223 cidades depois das últimas eleições municipais.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado, a maioria das 42 cassações foi por conta de abuso de poder político e compra de votos.
O último caso, a cassação do prefeito de Teresina, capital do estado, foi publicado ontem (1º) no Diário da Justiça Eleitoral. Oito dos 42 municípios tiveram novas eleições e em quatro o TRE determinou a posse do segundo colocado, tendo em vista que o prefeito cassado não obteve mais de 50% dos votos válidos.
Os municípios de Cristalândia e Dom Expedito Lopes terão novas eleições no próximo domingo (7). Em Oeiras, o pleito será realizado no dia 14 de novembro. No restante, os eleitos em 2008 continuam no cargo por força de liminar, aguardando decisão final do TRE ou do Tribunal Superior Eleitoral.
O cientista político Vitor Sandes, professor da Universidade Federal do Piauí, disse que o grande número de cassações é um fato recente no estado e se deve à fiscalização mais efetiva do Judiciário sobre práticas ilícitas, mas corriqueiras. "Os prefeitos mantêm práticas que podemos chamar de não republicanas e acabam sendo pegos de calças curtas porque houve aumento da fiscalização. Essa é uma tendência que gera práticas mais cuidadosas", afirmou.
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