segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma discussão precisa

Surgiu uma muito breve discussão perguntando-se sobre Monarquia no Brasil.
Talvez motivada pela onda interminável de notícias de corrupção onde o partido que domina o governo não demonstra governar ouvindo ou buscando consenso conforme o último bordão de Lula antes de vencer o primeiro turno de seu primeiro mandato.

Não vejo que nosso problema seja a monarquia ou sua falta. Nosso problema também não é o sistema presidencialista representativo. Nosso problema reside na forma como o governo atual "governa" o presidencialismo "representativo", onde boa parte dos poderes se concentram no presidente que governa no Congresso por intermédio de bases governamentais. 

Entram, aí, também o conceito de ser capitalista ou socialista (Portugual, Grécia, Irlanda etc). Seria melhor uma monarquia parlamentarista ou presidencialista? Afinal Monarquia para nós seria muito fácil, pois os descendentes da família real já existem e se concentram em Petrópolis. 

A propósito, houve um plebiscito que não disse não a mornaquia e sim maioria ao presidencialismo representativo. O tema na época foi muito mal tratado pela mídia e de forma pouco profunda, da mesma forma que o plebiscito da divisão do Pará pois aqui no Brasil vence a campanha de maior força e penetração de marketing e não a razão ou coerência prevalecem. 

Se fosse monarquia (a rigor ainda existe laudênio -terras de marinha- e uma parte ajuda a custear as despesas dos decendentes da Princesa Isabel, na prática, além de outros pequenos tributos embutidos em outros maiores.Se a mornarquia fosse presidencialista? Quais seriam as consequências? Qual a força que o príncipe atual teria no Congresso? e nas assembléias legislativas de cada uma das unidades federativas -estados-? Se fosse parlamentarista certamente a força ficaria, novamente, entre o PMDB e o PT, os que detém hoje, em função do voto popular, a maior quantidade de eleitos e de cargos eletivos. O que isto tiraria de força do PT e PMDB?. 

Países mantém ou não estes sistemas em função da maturidade social, da abrangência e efetividade dos programas de governo e, sobretudo, por terem passado por guerras, duas. Enfim, não acredito que nossa sociedade vá ter maturidade para avaliar este denso tema ou se avaliasse pouco mudaria do que temos atualmente.

Não adianta buscar alternativas se a sociedade não está madura o suficiente para apoiá-la.
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