Considero isto um absurdo, não pela pessoa da presidente, mas pelo fato de o presidente ser a pessoa mais poderosa em um país que é uma República Federativa.
Claro, que como resultado objetivo do atual ordenamento tributário brasileiro, os municípios e estados arrecadam e sobem para a mão da presidente que, após tirar um bolo considerável, retorna por intermédio dos Fundos de Participação de Estados e dos Municípios, o que gera os fenômenos separatistas como recentemente no estado do Pará e a eterna vontade do Triângulo Mineiro e oeste baiano (também de difícil trânsito explicativo neste espaço). De fato, todos ficam na mão e a mercê do que a presidente quer - e por isso é poderosa- , como quer e como direciona a famosa base aliada.
Aliás, há inclusive um paradoxo não observado por quem aplaude esta situação. O centralismo e patrimonialismo, tanto encarecido pelo atual governo, é a mola propulsora do fenômeno do mensalão. Motivo pelo qual insisto que nossa sociedade atravessa uma grave crise de falta de percepção de cenário social e econômico e crise de valores e referenciais.
Se não houver reformas políticas, fiscal e tributária continuaremos sendo um "país em desenvolvimento" e nada mais do que uma eterna promessa.
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