Havia uma piada maneira do Chico Anísio, nos idos de 1973 que ele dizia que a sigla do BRASIL era a de Bravos Rapazes Americanos Silenciosamente Irão Levando. Como crítica sutil de esquerda dava-se um tom "cult" daqueles que se achavam, em intelecto, superiores aos demais cidadãos brasileiros não iluminados mas que, dado o seu repentino desenvolvimento, gostavam de votar em quem os "militares" indicavam. Era a época dos "senadores biônicos".
Um dos ícones se emergindo para a nova esquerda era o atual presidente, claro está que longe do aporte intelectual mínimo requerido por aqueles iluminados. Contudo, ele chegou ao poder e logo no primeiro mandato internacionalizou "ambientalmente" muitas regiões da nossa amazônia ao, de fato, permitir mais ações de ONG em solo pátrio do que, propriamente, do Estado. E assim foi, a título de exemplo, a Raposa da Serra do Sol.
Agora temos um ex-alinhado da "direita" dos militares fazendo denúncias por vias "enviezadas" cujo forte teor de "economês" em seu discurso não ajuda a chamar a atenção do cidadão normal, o não ungido pelas hostes celestiais da compreensão necessária a entender a grave enrascada que o atual timoneiro nos colocou. Colocou a sociedade inteira da próxima geração que hoje está agarrada ao facebook, tweetter e orkut. Quando acordarem desse torpor, se é que acordarão, dar-se-ão conta que o "mito" lhes subtraiu um patrimônio caro no intuito de obter reconhecimento de líder mundial.
Mas que os chineses estão dentro...há muito tempo!!"
A Amazônia chinesa
Rubem Azevedo Lima - Correio Braziliense
O ex-ministro Delfim Netto voltou a falar, em fins de setembro último, no Perfil Econômico, da ação do Estado chinês, que comprou, na Amazônia, recursos naturais do Brasil - propriedades agrícolas, minas de ferro, de cobre ou manganês -, sob o disfarce de empresas estatais.
Segundo o ex-ministro, a China pretende crescer 9% ao ano, após os 11% de crescimento nas três últimas décadas. Mas, como não tem terra cultivável, ela só alcançará esse objetivo se comprar outra China. O país não tem água abundante, disponibilidade energética, nem matéria-prima e está longe de ter autonomia alimentar.
O normal, diz Delfim, seria as empresas chinesas comprarem no mercado o que precisam. O Estado chinês adotou a estratégia de comprar diretamente recursos num país soberano e ser o proprietário deles.
Então - prossegue Delfim - o próprio crescimento chinês faz explodir os preços dessas matérias-primas. Como proprietária de minas no Brasil, ela exportará o minério pelo preço que lhe convém. Teremos de introduzir sistema de preço mínimo para exportação do minério. Mas, se fizermos isso, o governo chinês reclamará: não é possível o Brasil tributar um governo soberano.
É inadmissível um Estado soberano comprar os recursos naturais do Brasil, que pertencem à sociedade brasileira, não a nenhum governo de plantão. Se quiserem comprar minérios, que uma empresa privada se instale aqui, extraia e exporte minérios. O inadmissível é o Estado chinês, disfarçado em estatal, comprar mina de ferro ou de cobre e enormes terras para produzir soja. Nada de pegar minério aqui, enviá-lo a uma indústria de bens de capital lá, a preços políticos, em vantagem sobre qualquer economia.
Tão grave quanto isso foi a jactância de Lula, segundo a qual "nunca os banqueiros ganharam mais no Brasil" do que em seu governo.
Delfim vê desnacionalizar-se a Amazônia, sob Lula, um anti-Artur Bernardes (digam-lhe quem foi) e teme o Estado chinês, não os chineses. Não se quer expulsá-los, mas uma Amazônia em segurança e nossa, mais nada. É o que se pede a quem eleger-se presidente dia 31, eleitores.
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Segundo o ex-ministro, a China pretende crescer 9% ao ano, após os 11% de crescimento nas três últimas décadas. Mas, como não tem terra cultivável, ela só alcançará esse objetivo se comprar outra China. O país não tem água abundante, disponibilidade energética, nem matéria-prima e está longe de ter autonomia alimentar.
O normal, diz Delfim, seria as empresas chinesas comprarem no mercado o que precisam. O Estado chinês adotou a estratégia de comprar diretamente recursos num país soberano e ser o proprietário deles.
Então - prossegue Delfim - o próprio crescimento chinês faz explodir os preços dessas matérias-primas. Como proprietária de minas no Brasil, ela exportará o minério pelo preço que lhe convém. Teremos de introduzir sistema de preço mínimo para exportação do minério. Mas, se fizermos isso, o governo chinês reclamará: não é possível o Brasil tributar um governo soberano.
É inadmissível um Estado soberano comprar os recursos naturais do Brasil, que pertencem à sociedade brasileira, não a nenhum governo de plantão. Se quiserem comprar minérios, que uma empresa privada se instale aqui, extraia e exporte minérios. O inadmissível é o Estado chinês, disfarçado em estatal, comprar mina de ferro ou de cobre e enormes terras para produzir soja. Nada de pegar minério aqui, enviá-lo a uma indústria de bens de capital lá, a preços políticos, em vantagem sobre qualquer economia.
Tão grave quanto isso foi a jactância de Lula, segundo a qual "nunca os banqueiros ganharam mais no Brasil" do que em seu governo.
Delfim vê desnacionalizar-se a Amazônia, sob Lula, um anti-Artur Bernardes (digam-lhe quem foi) e teme o Estado chinês, não os chineses. Não se quer expulsá-los, mas uma Amazônia em segurança e nossa, mais nada. É o que se pede a quem eleger-se presidente dia 31, eleitores.
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