RONALDO MARQUES
Blog de Ronaldo Marques
Em momentos de crise existencial, de profunda angústia, frustração, tristeza, raiva, pânico, remorso, desespero, desolação e desalento a tendência natural do ser humano é a de tomar decisões radicais. Mudar de vida!
Ao invés de encarar as dificuldades, enfrentar os problemas e agir para mudar a realidade, nossa tendência é procurar pelo culpado, pelo "bode expiatório" ou para reafirmar nossos mais íntimos valores e crenças! Fugimos da realidade!
Esses momentos ocorrem quando a morte leva uma pessoa amada, por exemplo, ou quando nos defrontamos com situações anormais quando milhares de seres humanos perdem a vida!
Foi assim na calamidade da região serrana do Rio... em Janeiro, foi assim na tragédia do Japão... em Março! Quanto mais próxima a morte, maior a dor!
Foi assim que vivemos a insanidade do dia 7 de Abril em Realengo. Uma tragédia avassaladora, literalmente tão terrível e inesperada que desafia nossa própria compreensão.
É péssimo e lamentável o exemplo dado por nossos políticos, jornalistas, ativistas e "expertos" que não perderam a oportunidade da crise para explorar a morte de crianças inocentes com o objetivo de adiantar suas agendas cínicas e advogar mudanças "radicais", superficiais e incapazes de alterar o destino inevitável!
O destino do Brasil passa por educação, saúde, segurança, distribuição de renda, de política e de justiça para todos os brasileiros!
Quem sabe quais serão as lições que aprenderemos de mais essa tragédia!
Para mim a maior lição é de que este é um daqueles momentos na vida de um povo que requer reflexão para enfrentar nossa triste realidade e de ação concreta e cidadã para superarmos nossas dificuldades!
Os tiros de realidade de Realengo roubaram vidas preciosas!
Mas não podem roubar nossas almas!
Ronaldo Marques é consultor polivalente com extensa experiência prática e conhecimento do jogo político das grandes organizações no mercado de consultoria. Profissional de ponta de Marketing, Propaganda e Comunicação, com 30 anos de experiência comprovada e de sucesso na construção de marcas, como o McDonald's.
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Para mim a maior lição aprendida com esta história é a de que hoje podemos ser vítimas de outros seres humanos e amanhã poderemos ser os causadores do sofrimento do outro.
ResponderExcluirDeixar de ser a caça hoje para passar a ser o caçador de amanhã depende do modo distorcido de como poderemos enxergar os fatos. Uma violência sofrida ontem, poderá ser motivo de vingança amanhã, se nada for feito para que seja prevenido, impedido.
Violência sempre vai gerar mais violências. E a violência nunca vai deixar de existir enquanto houver a intolerância na não aceitação das diferenças, decorrentes da falta de amor pelo outro que cada vez mais são manifestadas desde muito cedo, na infância e que não são cortadas pela raiz pelos seus pais, que, algumas vezes, só incentivam que essa semente ruim se fortaleça.
A doença da humanidade não está no corpo, nem na mente das pessoas; mas sim no espírito doentio que guarda mágoas, raivas, ódio e revolta quanto ao mundo e a si próprio.