Amigos, como diria Gabriel Garcia Marquez, romancista colombiano, é uma crônica da morte anunciada.
Envio aos amigos interessados em acompanhar os eventos de nosso entorno geográfico e estratégico que influenciarão a nossa vida social nos próximos anos.
Tivemos a oportunidade não ter este governante no Mercosul, mas nosso presidente insistiu demais. Vamos ver o que vai sobrar para nós.
Farsa de Chávez leva Venezuela para a ruína
Financial Times
Hugo Chávez está aumentando seus problemas com seu eleitorado. Os índices de aprovação do presidente venezuelano caíram de acima de 60% há um ano, nos 10 anos de seus reinado, para 50% agora. A posição de seu partido está agora ameaçada. Ele pode se sair mal nas eleições de setembro ao Congresso. Então Chávez agiu de forma ousada e, como sempre, imprudente.
Na semana passada, ele anunciou a desvalorização do bolívar, a moeda nacional. Em lugar de uma cotação única do dólar a 2,15 bolívares, agora haverá um sistema fomentador de corrupção de três preços; uma cotação para bens essenciais de 2,60 bolívares, uma cotação oficial do "dólar petróleo" para tudo mais a 4,30 bolívares e uma cotação de mercado.
Os índices de aprovação de Hugo Chávez estão cada vez mais baixos, levando o líder venezuelano a tomar medidas que comprometem a credibilidade econômica do país. Na semana passada, ele anunciou a desvalorização do bolívar, a moeda nacional. Em lugar de uma cotação única do dólar a 2,15 bolívares, agora haverá um sistema fomentador de corrupção de três preços
Com a taxa de inflação a 25% devorando o valor da moeda, uma grande desvalorização era inevitável e necessária. O dólar era recentemente negociado no mercado negro a cerca de um terço de seu preço oficial -a cerca de 6 bolívares.
Mas esta decisão não é motivada por uma economia sólida. Chávez tem pouco tempo para as empresas que foram crucificadas pelo bolívar forte. A desvalorização visa, em vez disso, permitir que ele mantenha a barragem de gastos que construiu a popularidade de seu governo.
As medidas gerarão grandes lucros para a Petróleos de Venezuela SA, o monopólio estatal de petróleo. Cada barril de petróleo vendido no exterior agora gerará duas vezes mais bolívares. E, devido à estrutura do novo regime cambial, o preço das importações subirá mais lentamente.
Assim, a desvalorização deverá reduzir em mais da metade um déficit público que, caso contrário, seria de mais de 7% do produto interno. Ao mesmo tempo, Chávez anunciou a apropriação indébita de US$ 7 bilhões das reservas do banco central para um fundo de desenvolvimento do governo.
O homem-forte venezuelano está apostando que o poder reforçado de gastos lhe permitirá comprar mais votos do que o trauma social da desvalorização lhe custará. Mas não está claro que o cálculo político de Chávez está correto. A dor da desvalorização será aguda.
Os economistas esperam que a taxa de inflação subirá significativamente -talvez ultrapassando os 40% neste ano. Mas, mesmo se ele puder amortecer o impacto e sobreviver ao teste das urnas de setembro, o carrossel de gastos de Chávez alguma hora precisará parar. Seu país não pode inflar seu caminho para a prosperidade sustentável. Em algum momento, a realidade alcançará a Venezuela. Quando isso acontecer, Chávez enfrentará o acerto de contas público.
Tradução: George El Khouri Andolfato
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