sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O comércio eletrônico e nossa idiossincrasia

Ano passado lhes falei de um ótimo livro muito criticado nos EUA, chamado  O culto do amador .  O autor falava de algumas características dos negócios via web e percebi que lá os negócios eram suportados por uma cultura e idiossincrasia distintas da nossa.


Alguns fatos nos diferem dos EUA e países da Com. Européia: 
Primeiro nós vivemos por muitos anos com a cultura da inflação diária, o que nos levava à loja para acompanhar de perto, ofertas e descontos e formas de pagamentos além dessas ofertas.


Segundo, por não termos o Código de Defesa do Consumidor, que já é maior de idade e, ainda assim, poucos o utilizam ou mesmo o conhecem na íntegra, ficávamos sujeitos a levar ou não azar em uma compra, quando a mercadoria vinha com problema era uma via crucis.


Outro fator eram as constantes greves dos Correios ou de sindicatos de transporte de cargas.
Assim para nós confiar nestes atores era e, ainda é, muito temerário.


Quando cheguei nos EUA para estudar vi que era, de fato, muito comum o comércio via web. Até flores e bufês  para festas, enterros e cerimônias eram encomendados e chegavam em perfeito estado na data combinada. Isto em nosso país...nem pensar, não por culpa de governos mas sim de cidadãos comuns que não valorizam a cultura da qualidade e da preocupação com o outro, ou o coletivo.


Assim, esta notícia não me surpreende nem um pouco.
É nossa idiossincrasia se mostrando em um evento econômico normal e corriqueiro.
O importante desta notícia é para que tenhamos tal dimensão de comportamento coletivo em nossos planos e deliberações.


Consumidor prefere loja física ao comércio eletrônico



O comércio eletrônico cresce a cada dia. O número de pedidos das categorias de Moda e Acessórios, Esporte e Lazer e Joalheria aumentaram 108%, 145% e 55%, respectivamente, em um ano, segundo um levantamento da e-bit. Mesmo assim, 69% das pessoas continuam preferindo comprar em lojas físicas, aponta a pesquisa realizada pela ToolBoxTM, empresa especializada em métricas no ponto-de-venda.
Mesmo assim, é na internet que o consumidor pesquisa antes de comprar. Setenta e cinco por cento dos que adquiriram um produto no final de 2009 optaram pela pesquisa na web para saber sobre preço, conhecer o produto e avaliar as marcas. O estudo mostra ainda outro dado interessante: dos 70% de shoppers que compraram eletroeletrônicos e eletrodomésticos, 22% escolheram a Casas Bahia.

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