sábado, 9 de janeiro de 2010

Os humores nacionais - Cláudio Lembo

Não vejo, de fato, problema em qualquer candidato que vier a ser presidente, o problema está no nosso povo. Fala-se da democracia consolidada, discordo. o voto é compulsório além de várias outras características da vida pública e econômica dentre elas decisões tomadas pelo Executivo sem a consulta popular propalada no fim da campanha inicial onde o governo seria o de consenso e dabate com a sociedade. A rigor, não vivemos democracia, além do direito ao voto. O brasileiro vota, delega suas responsabilidades aos que ele elege e torna-se ausente e abúlico à participação compulsória de todos os eventos nacionais. Democracia dá trabalho e o cidadão não quer ter este trabalho. o procurador e o despachante são os heróis nacionais de uma sociedade que não quer se envolver além de votar e depois vem com propagandas cretinas de moscas no ouvido, ciclotimia etc e tal. O governo se faz com a sociedade, 26 governadores, 5640 prefeitos e todas as demais instituições sociais. Um presidente só não transforma nem projeta um país além da imagem midiática. Temos que deixar de ser simplórios, isto sim é o que somos quando tornamos o desenvolvimento de um país adstrito aos humores de uma pessoa só. Bobagem pura, estupidez, aliás.


Lula e os humores nacionais
Cláudio Lembo
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=5801

Um comentário:

  1. O maior problema, na realidade, é acreditar em evolução humana. Passamos a vida ouvindo falar de democracia, direitos humanos, liberdade de expressão, essas coisas que estão na moda.

    Aliás, para nós Estatísticos, moda é algo que se repete, não necessariamente significando o melhor desejo, somente o mais freqüente.

    Outro detalhe pequeno, porém importante, é sabermos o que é democracia.

    Acho que os atuais dirigentes querem levar ao pé da letra a democracia greco-romana, onde somente os "cidadãos" podiam praticá-la.

    Ai do rei ou príncipe que fosse capturado pelas Legiões e levado para Roma; não seria cidadão...

    O brasileiro, que prefere dar esmola no sinal de trânsito a visitar uma creche de crianças carentes, certamente prefere delegar não só seus direitos, como também suas obrigações, aos políticos, como se fossem doutores formados em gerência de populações.

    Como diria um amigo meu: "idiossincrasia brasileira..."

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