Tanto nos países da AL como no Brasil, precisa-se melhorar, muito, a infra-estrutura para poder ampliar a capacidade de produção. Ainda temos um forte viés de celeiro mundial antes mesmo que exportadores de tecnologia e de produtos de alto valor agregado.
A pergunta que permanece: Quem irá querer investir mais em um país onde o Estado tem tendências totalitárias? Como ficariam as remessas de recursos e de lucros para as matrizes no exterior? Como seriam as condições de financiamento estatal para empresas subsidiárias das multinacionais em relação às nossas domésticas.
A sociedade tem que acompanhar esta tendência. Fiscalizar o Congresso e o Presidente para se evitar problemas futuros.
Como não se investe sério em educação, saúde e infra-estrutura, o gasto estatal que se tem para tais compensações é alto e como não se onera demais empresas e investidores externos de onde sairão as diferenças para serem cobertas: Aumento da carga tributária.
Enfim, se a socieade cochilar também nessa agenda ficará mais difícil a recuperação.
Cresce interesse de investidores americanos pela AL
Valor Econômico - 18/10/2010
Os legisladores americanos consomem muito tempo debatendo relações comerciais com a China. Mas importadoras e exportadoras nos EUA sondadas num levantamento mostram um foco diferente: estão considerando cada vez mais a América Latina para oportunidades comerciais.
O crescimento econômico no Brasil e em outros países sul-americanos tornou a região a mais promissora para comércio exterior nos próximos seis meses, segundo um relatório elaborado pelo HSBC, o maior banco da Europa. O banco conduziu um levantamento com mais de 5 mil companhias, incluindo 300 nos EUA.
Na América Latina, "o consumo interno está em alta, e aqueles países exportam muito", disse William Nowicki, vice-presidente executivo do HSBC em Nova York. "O comércio exterior continua um dos propulsores estratégicos do crescimento econômico global."
O terceiro levantamento realizado pelo HSBC para avaliar a confiança no comércio exterior mostra que 30% das empresas dos EUA sondadas creem que a América Latina oferece a melhor oportunidade para crescimento ao longo dos próximos seis meses; 25% identificaram a China; e 15%, o Canadá.
A expansão da economia da América Latina é estimada em 4,8% neste ano, após queda de 1,8% em 2009, segundo projetou o FMI em julho. A economia do Brasil deve crescer 7,1% e a do México, de 4,5%.
O Brasil disse que está tentando fortalecer os seus laços comerciais com os EUA, em parte para contrapor a expansão do comércio em matérias-primas com a China, que substituiu os EUA como seu principal parceiro comercial. "O que estamos tentando fazer é relançar o relacionamento de uma forma positiva", disse Welber Barral, secretário de Comércio Exterior no Brasil, em entrevista em Washington.
Sem dúvida, o comércio dos EUA com o Brasil é aproximadamente um décimo do tamanho do comércio com a China.
A economia da China tem projeção de crescimento em ritmo superior a 10% neste ano. O comércio exterior com a China foi de US$ 242 bilhões nos sete primeiros meses, na comparação com US$ 23,5 bilhões para o Brasil, segundo o Departamento de Comércio.
"Já estamos em guerra comercial com a China", disse Linda Sanchez, representante democrata pela Califórnia. "Mas a China dispara canhões e nós atirando com espingardas de ar comprimido."
A China continua sendo um mercado atraente para companhias dos EUA, segundo o levantamento do HSBC, conduzido de julho a setembro. Entre as companhias, 76% negociam com a China, enquanto 74% fazem negócios com a América Latina. O Canadá é um parceiro para 86% das companhias dos EUA sondadas.
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