O assunto em tela é de grande importância para a sociedade brasileira, embora não esteja ressaltado na reportagem.
Em 2007 e 2008 orientei dois estudantes, uma advogada chilena e um coronel equatoriano que realizaram um Estudo acerca da Bolívia como parte integrante do curriculo referenta ao mestrado que realizavam. Naquela ocasião conheci, por intermédio do trabalho deles, a importância da solução, ora apresentada na presente matéria, como sendo a chave para que a economia boliviana pudesse ingressar, com mais intensidade, no mercado mundia, via exportações e, com isso, a sociedade pudesse, enfim, reduzir sua desigualdade social, coisa que Morales, até então, não vem logrando tanto êxito.
Cabe, contudo, ressaltar, que a exemplo do que ocorre na Venezuela, sentada sobre vultosas jazidas de recursos minerais, a Bolívia abriga em seu seio a maior jazida de lítio do mundo, material essencial para as telecomunicações mundiais e não conseguem utilizar tal potencial com êxito.
Se há um país complexo e que vale a pena conhecer na América do Sul, este país é a Bolívia.
Bolívia amplia acesso ao Pacífico pelo Peru e pode agora aumentar pressão sobre Chile
Marcos de Moura e Souza | De São Paulo - Valor Econômico - 20/10/2010
Os presidentes da Bolívia e Peru assinaram ontem um acordo que amplia o uso de uma faixa litorânea peruana pelos bolivianos. A Bolívia tem desde 1992 autonomia sobre uma área da zona portuária de Ilo, no Peru. Mas nunca tirou do papel o projeto para transformar a área num ponto de turismo e com infraestrutura de exportação e importação via Pacífico. O governo Evo Morales tenta agora atrair empresários de seu país para aproveitar as vantagens tarifárias do porto.
A demanda pelo acesso ao mar é uma questão histórica da Bolívia. Peru, Bolívia e Chile se enfrentaram no século 19 na Guerra do Pacífico, na qual o Peru perdeu a região de Arica e a Bolívia, sua saída ao mar. Um tratado entre Lima e Santiago estabelece que qualquer cessão do Chile à Bolívia de território que era peruano só poderia ser feita após consulta ao Peru.
O governo peruano do presidente Alan García disse que não se oporia a isso, jogando para o Chile a decisão. O analista peruano Ernesto Velit Granda disse que a reunião de ontem cria um clima de certo mal estar no Chile, que resiste a rever a fronteira com a Bolívia.
Para outros analistas, a iniciativa de Morales é uma mostra de pragmatismo. Enquanto que com o Chile a discussão sobre o acesso ao mar não avançou nem mesmo durante o governo da ex-presidente chilena, a socialista Michelle Bachelet - com quem Morales acreditava ter afinidade ideológica - parece agora menos provável que o assunto avance sob a Presidência do conservador Sebastián Piñera.
Assim, o interesse da Bolívia em voltar a discutir o uso de uma faixa no litoral peruano onde desfruta não de soberania, mas de uma autonomia por 99 anos, seria uma alternativa ao impasse com o Chile.
No acordo de ontem, o Peru amplia a área concedida à Bolívia de 2 km quadrados para 3,6 km quadrados. E cria mais facilidades para a implementação de fábricas e galpões bolivianos. Para o Peru, o acordo poderia intensifica o comércio com a Bolívia e melhorar a relação política com um vizinho cujas relações estiveram estremecidas nos últimos anos. (Com agências internacionais.
A demanda pelo acesso ao mar é uma questão histórica da Bolívia. Peru, Bolívia e Chile se enfrentaram no século 19 na Guerra do Pacífico, na qual o Peru perdeu a região de Arica e a Bolívia, sua saída ao mar. Um tratado entre Lima e Santiago estabelece que qualquer cessão do Chile à Bolívia de território que era peruano só poderia ser feita após consulta ao Peru.
O governo peruano do presidente Alan García disse que não se oporia a isso, jogando para o Chile a decisão. O analista peruano Ernesto Velit Granda disse que a reunião de ontem cria um clima de certo mal estar no Chile, que resiste a rever a fronteira com a Bolívia.
Para outros analistas, a iniciativa de Morales é uma mostra de pragmatismo. Enquanto que com o Chile a discussão sobre o acesso ao mar não avançou nem mesmo durante o governo da ex-presidente chilena, a socialista Michelle Bachelet - com quem Morales acreditava ter afinidade ideológica - parece agora menos provável que o assunto avance sob a Presidência do conservador Sebastián Piñera.
Assim, o interesse da Bolívia em voltar a discutir o uso de uma faixa no litoral peruano onde desfruta não de soberania, mas de uma autonomia por 99 anos, seria uma alternativa ao impasse com o Chile.
No acordo de ontem, o Peru amplia a área concedida à Bolívia de 2 km quadrados para 3,6 km quadrados. E cria mais facilidades para a implementação de fábricas e galpões bolivianos. Para o Peru, o acordo poderia intensifica o comércio com a Bolívia e melhorar a relação política com um vizinho cujas relações estiveram estremecidas nos últimos anos. (Com agências internacionais.
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