quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O balanço do PAC

O artigo faz uma breve análise acerca das peculiaridades que dificultam a progressão das obras do PAC.

A sociedade precisa amadurecer para merecer seu desenvolvimento posto que a consecução das essenciais obras de infra-estrutura dependem, até, de decisões em âmbito municipal, o que requer acompanhamento da cidadania local envolvida.

Temos um paradigma pesado a vencer, a de que o público não é de ninguém e responsabilidade do governo. Só que apenas cidadãos maduros entendem que governo "são todos nós". Assim, votar e se esquecer de quem foi posta a responsabilidade não ajuda nem um pouco no processo.

Quanto aos meus amigos executivos e entes organizacionais há muitas possibilidades de suas empresas utilizarem o PAC como oportunidades externas em uma simples matriz SWOT, é só saber ver e interpretar a ambiência à volta.




O balanço do PAC


ZERO HORA (RS)

O levantamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) demonstra que, quatro anos depois, o país conseguiu avançar em algumas áreas prioritárias para assegurar ganhos em infraestrutura. Ainda assim, poderia ter feito mais, se dispusesse de mecanismos mais adequados para investir a totalidade dos recursos disponíveis. Essa é uma questão a ser melhor equacionada pelo próximo governo, que deverá enfrentar uma contenção nos investimentos já na fase inicial e corre até mesmo o risco de precisar adiar empreendimentos constantes do programa cujas obras ainda não foram iniciadas.

Vista com ceticismo pela oposição, a estimativa feita pelo governo federal é de que, em quatro anos, foram investidos 82% dos recursos previstos pela iniciativa. O setor mais favorecido foi o de rodovias, mas aeroportos, apontados como o principal gargalo do país na área de infraestrutura, foram os que contaram com o menor volume de recursos executados. A questão preocupa, devido ao fato de que o país precisa se preparar melhor para a realização de megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos a serem realizados no Rio de Janeiro, dois anos depois.

A particularidade de o maior programa de investimentos do país e um dos maiores do mundo não estar aplicando todos os recursos disponíveis não é o único problema nessa área. Algumas obras emergenciais, aguardadas com expectativa pelas comunidades, enfrentam atrasos inexplicáveis. Outras tiveram seus valores finais elevados muito acima das expectativas.

O balanço deste final da gestão Luiz Inácio Lula da Silva não se presta apenas para leituras excessivamente otimistas por parte de quem está deixando o governo, nem para críticas excessivamente negativas por parte da oposição. O essencial é que, a partir dele, a próxima administração possa aprimorar processos, criando condições para fazer o máximo possível, no menor prazo de tempo, com os recursos financeiros disponíveis.
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