terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Partido Bem Eficiente - As Verdadeiras Questões Nacionais

Uma visão pragmática e objetiva de um renomado administrador acerca de pequenos detalhes ainda não resolvidos mas que fazem uma substancial diferença em nossa economia e carga tributária.

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Stephen Kanitz

Um país que cobra 35% de impostos e tem o BB, BNDES, CEF, não precisa mais investir em telefonia, petróleo, pedágios, escolas e universidades democráticas, porteiros e guardas de segurança, e ônibus escolar como nos EEUU, tem dinheiro de sobra. O dinheiro é que é mal administrado.

Portanto, as grandes questões nacionais são:

1. Como aumentar a eficiência da máquina estatal. Como os candidatos pensam em administrar este país com métodos mais modernos de acompanhamento administrativo?

Quais serão os Benchmarks a serem melhorados? Quando iremos implantar Contabilidade de Custos no Estado? Quando iremos implantar Just In Time no serviço público? Quando iremos implantar Qualidade Total no serviço público?



2. Reforma da Previdência. Nossos governantes implantaram um Sistema Previdenciário, onde a nova geração paga pela velha geração, chamado de Repartição Social.
Cada geração não acumula recursos para sua aposentadoria, o que forneceria amplos recursos para a infraestrutura. O dinheiro contribuído é imediatamente gasto para pagar as aposentadorias dos que criaram este sistema.

Quando havia um aposentado para cada 50 jovens, o peso para a nova geração era mínimo.

Agora que teremos dois aposentados para cada três jovens, e lembrando que o aposentado ganha quatro vezes mais que o jovem, o sistema se tornou insustentável.

Por isto, os impostos são enormes no Brasil e nada é investido para o futuro da nossa nova geração.

Por isto, não sobra dinheiro para escolas, infraestrutura, etc. Nossos governadores e ministros da fazenda nunca estudaram o sistema de Acumulação Solidária, que é o sistema de Fundos de Pensão de Trabalhadores que administradores socialmente responsáveis criaram em 1950 para muitas empresas, relativamente bem sucedidas. A Previ é o Fundo de Pensão que mais investe no futuro. 

3. Eficiência no Judiciário. Temos 92 milhões de processos judiciais acumulados, tornando este país o mais injusto do mundo, devido à lentidão da Justiça. Isto soma dois processos por família brasileira. Como os dois candidatos pretendem reduzir isto para 2 milhões de processos, com prazo médio de 2 meses entre entrada e julgamento, tornando o sistema mais bem administrado e ágil?

Lembre-se do nosso mote. Administrar é não permitir problemas se acumularem.

4. Insegurança Jurídica nas Empresas. Nenhum dos 2.000.000 de administradores deste país se sente confortável em abrir uma empresa própria devido a penhora online, a descaracterização da pessoa jurídica, devido à caça aos empreendedores que viraram inimigos número 1 na imprensa e opinião pública.

Abrir uma empresa é se tornar alvo de inúmeros achaques e tentativas de corrupção. O que os candidatos pensam para tornar este país um lugar seguro para se empreender?

5. Imposto sobre pequenas fortunas. Acaba de ser aprovado na Comissão de Finanças, o imposto sobre pequenas fortunas, acima de R$ 2.000.000,00.

O que significa que daqui 20 anos toda nossa classe média será pobre novamente. R$ 2 milhões aplicados a juro real de 2% ao ano depois de taxa de administração, inflação e impostos, dá R$ 1.000,00 por mês per capita, para um pai com 2 filhos. Um pouco mais que o salário minimo, e bem menos do que o salário do senador e dos deputados que idealizaram esta lei, e que terão aposentadoria garantida do Estado. E, chamam isso de Grande Fortuna.

Seremos uma Argentina, onde por mais de 100 anos todo novo rico que o país gera, muda imediatamente para outro país, mantendo a Argentina um país de pobres e de sanguessugas para a eternidade.

Temos mais 20 questões cruciais para o futuro do país, se algum jornalista político se interessar.

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