sábado, 18 de dezembro de 2010

Fim da ano com novas ameaças terroristas

JORNAL DO BRASIL

As duas explosões que mataram uma pessoa e feriram outras duas no centro da capital sueca, no sábado, associadas às ameaças recebidas pelos americanos, de que aviões poderiam ser jogados contra prédios públicos nos Estados Unidos, deixaram o mundo novamente preocupado. Seria este fim de ano, com as tradicionais festas ocidentais, o momento propício para que os terroristas voltassem a atacar? 

Nunca se sabe, mas sempre é bom intensificar a prevenção. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, o ataque de sábado poderia ter sido catastrófico, caso tivesse tido o êxito esperado.
As explosões foram programadas para as imediações de um shopping center, que estava lotado naquela tarde.

Como sempre, as causas da selvageria ficam na fronteira entre o sectarismo político e o subjetivamente prosaico. Um e-mail a que uma agência de notícias sueca teve acesso ameaçava o país escandinavo por sua presença com tropas no Afeganistão, mas também, pasmem, por uma caricatura do profeta Maomé feita pelo artista Lars Vilks.

O 11 de setembro de 2001 e suas imagens ainda estão vivos na memória de todos. Pouco se avançou até agora na solução das tensões milenares no Oriente Médio. A polêmica em torno da construção de mais assentamentos israelenses em áreas de maioria palestina entrava as negociações.Impotente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vê seu prestígio descer a ribanceira. A Organização das Nações Unidas, desgastada e questionada, também é pouco ou nada eficaz.

Enquanto isso, há pontos de atrito de sobra. A violência contra os americanos não cessa no Iraque, o Irã só fala em arsenal atômico, as Coreias se estranham, o Afeganistão, a Al Qaeda, a Índia, o Paquistão... Não se sabe de onde pode vir o ataque, nem quando, nem como.
Festejos natalinos e vivas a 2011, claro, vão ecoar nos próximos dias. O otimismo do ser humano é irremediável, mas a diplomacia mundial está em débito com a população.
Até agora, os esforços de governos e de entidades internacionais ficaram muito longe da paz, e o presente que poderiam nos dar foi mais uma vez negado este ano.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GEOMAPS


celulares

ClustMaps