O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou que a carga de energia atingiu 57,3 mil MW médios, em setembro, 7,5% mais do que no mesmo mês de 2009 e 1,2% acima de agosto. A demanda é forte e revela a mudança de comportamento das famílias, sem que se possa assegurar que a oferta cresça no mesmo ritmo.
A indústria lidera o consumo de energia, mas o clima seco influenciou a demanda das famílias, que utilizam mais o refrigerador e o ar-condicionado. Como analisou o departamento econômico do Bradesco, nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais de 60% da carga total de energia no País e onde se concentra o parque industrial, o consumo anual aumentou 8,4%, mais do que no Nordeste (3,1%), no Sul (8,1%) e no Norte (8%).
Nos últimos cinco anos, segundo o IBGE e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo por habitante cresceu 22%. Entre 2008 e 2009, aumentou 5,5%. Entre 2004 e 2009, o consumo médio por residência passou de 140 kWh/mês para 150 kWh/mês e, segundo a Pnad do IBGE, o porcentual de famílias que possuem lavadora de roupas aumentou de 34,3% para 44,3%; geladeiras, de 87,3% para 93,4%; e computadores, de 16,3% para 34,7%. Mas consome-se menos do que no Chile e na Argentina.
Com o aumento do consumo, a relação entre as despesas com eletricidade das famílias de menor renda e a renda familiar passou de 2,2%, no biênio 200/2003, para 2,3%, em 2008/2009. Nas famílias com renda de até dois salários mínimos, esses porcentuais foram, respectivamente, de 3% e 3,5%.
Famílias que consomem menos de 80 kWh/mês têm desconto de até 65% nas contas, mas, se passarem daquele teto, perdem o benefício.
Para atender ao número crescente de consumidores, sobretudo dos que saíram das faixas D e E para a classe média (C), o governo terá de licitar mais usinas - hidrelétricas, a gás natural, térmicas baseadas na bioenergia e eólicas. Mas, no leilão de hidrelétricas marcado para dezembro, serão licitadas apenas cinco das dez listadas inicialmente, adiando a geração de 1,6 mil MW. Haverá, de fato, aumento da oferta de energia renovável com o aproveitamento do potencial da Amazônia, sobretudo das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Mas até lá será preciso contar com a sorte de um regime pluviométrico favorável, capaz de evitar o uso das usinas de reserva, como as térmicas movidas a carvão e a óleo combustível, em geral mais poluentes, além de gerarem energia a custos mais elevados.
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A indústria lidera o consumo de energia, mas o clima seco influenciou a demanda das famílias, que utilizam mais o refrigerador e o ar-condicionado. Como analisou o departamento econômico do Bradesco, nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais de 60% da carga total de energia no País e onde se concentra o parque industrial, o consumo anual aumentou 8,4%, mais do que no Nordeste (3,1%), no Sul (8,1%) e no Norte (8%).
Nos últimos cinco anos, segundo o IBGE e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo por habitante cresceu 22%. Entre 2008 e 2009, aumentou 5,5%. Entre 2004 e 2009, o consumo médio por residência passou de 140 kWh/mês para 150 kWh/mês e, segundo a Pnad do IBGE, o porcentual de famílias que possuem lavadora de roupas aumentou de 34,3% para 44,3%; geladeiras, de 87,3% para 93,4%; e computadores, de 16,3% para 34,7%. Mas consome-se menos do que no Chile e na Argentina.
Com o aumento do consumo, a relação entre as despesas com eletricidade das famílias de menor renda e a renda familiar passou de 2,2%, no biênio 200/2003, para 2,3%, em 2008/2009. Nas famílias com renda de até dois salários mínimos, esses porcentuais foram, respectivamente, de 3% e 3,5%.
Famílias que consomem menos de 80 kWh/mês têm desconto de até 65% nas contas, mas, se passarem daquele teto, perdem o benefício.
Para atender ao número crescente de consumidores, sobretudo dos que saíram das faixas D e E para a classe média (C), o governo terá de licitar mais usinas - hidrelétricas, a gás natural, térmicas baseadas na bioenergia e eólicas. Mas, no leilão de hidrelétricas marcado para dezembro, serão licitadas apenas cinco das dez listadas inicialmente, adiando a geração de 1,6 mil MW. Haverá, de fato, aumento da oferta de energia renovável com o aproveitamento do potencial da Amazônia, sobretudo das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Mas até lá será preciso contar com a sorte de um regime pluviométrico favorável, capaz de evitar o uso das usinas de reserva, como as térmicas movidas a carvão e a óleo combustível, em geral mais poluentes, além de gerarem energia a custos mais elevados.
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