segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lula


Por: ARNALDO JABOR*




Vivemos um momento delicado para a democracia.


Lula é um reality show permanente. Lula está em "fremente lua de mel consigo mesmo", como dizia Nelson Rodrigues.

Mas, em sua viagem narcisista, começam os sintomas do erro. A sensatez do velho sindicalista virou deslumbramento. Um dia, abraça o Collor, no outro está com o Hamas e o Irã.

Freud (não o Freud Godoy dos "aloprados"...) tem um trabalho clássico, "O fracasso após o triunfo", no qual mostra que há indivíduos que lutam e vencem, e, depois da vitória, se destroem, porque muitos carregam no inconsciente complexos inibidores do pleno sucesso.

Quanto mais medíocre é o dirigente, mais ele despreza a inteligência e a cultura, e se transforma numa ilha cercada de medíocres.

Será que foi por isso que Lula escolheu uma senhora sem tempero, uma gaffeuse sem prática, com "olhos de vingança", como me disse um taxista? Parece um sintoma.

A grande ironia é que Lula foi reeleito por FH.

Sem o Plano Real, o governo Lula seria o pior desastre de nossa História. E, ajudado também pela economia mundial em bonança compradora, ele hoje diz que é responsável pelos bons índices econômicos que o governo anterior organizou.

E não cai um raio do céu em cima...

Afinal, o que fez o governo Lula, além de se aproveitar do que chamava de "herança maldita", além do Bolsa Família expandido e dos shows de TV? Os primeiros dois anos foram gastos no assembleísmo vacilante dos "Conselhos" que ele nunca ouviu, depois a briga com a gangue dos quatro do PT, expulsos. Depois, a aventura da quadrilha de corruptos "revolucionários" que Roberto Jefferson desbaratou - para sua e nossa sorte , livrando-o do Dirceu e de seus comunas mais ativos. Aí, Lula pôde voltar a seu populismo personalista.

Lula continua o símbolo do "povo" que chegou ao poder, mascote dos desvalidos e símbolo sexual da Academia. Lula descobriu que a economia anda sozinha, que basta imitar o Jânio Quadros, o inventor da "política do espetáculo", e propagar aos berros o tal PAC, esse plano virtual dos palanques.

Lula tem a aura sagrada, "cristã" do mito de operário ignorante e, por isso, intocável.

Poucos têm coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora...

Por isso, vivemos um importante momento histórico, que pode marcar o Brasil por muitos anos. Agora, com as eleições, vai explodir a guerra com o sindicalismo enquistado no Estado: 200 mil contratados com a voracidade militante de uma porcada magra que não quer largar o batatal.

Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica, tudo para manter o terrível "patrimonialismo de Estado".* Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88. Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: "Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos".*

Os "companheiros" trabalham sincronizados como um formigueiro. O sujeito pode até bater na mãe que continua "companheiro". Só deixa de sê-lo se criticar o partido, como o Paulo Venceslau, que ousou denunciar roubos nas prefeituras, que depois se confirmaram na tragédia de Celso Daniel. 

FH resumiu bem: se continuar o "lulismo" com sua tarefeira Dilma, "sobrará um subperonismo contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".

Ou seja, o velho Brasil volta a seu pior formato tradicional, renascendo como rabo de lagarto. O país tem um movimento "regressista" natural, uma vocação populista automática.

Será o início da grande marcha a ré...

Com a eventual vitória do programa do PT, teremos a reestatização da economia, o inchamento maior ainda da máquina pública, a destruição das Agências Reguladoras, da Lei de Responsabilidade Fiscal, em busca de um getulismo tardio, uma visão do Estado como centro de tudo, com desprezo pelas reformas, horror pela administração e amor aos mecanismos de "controle" da sociedade, essa "massa atrasada" inferior aos "revolucionários". A esquerda psicótica continua fixada na idéia de "unidade", de "centro", de Estado-pai, de apagamento de diferenças, ignorando a intrincada sociedade com bilhões de desejos e contradições.

A tarefa principal da campanha de Serra será explicar qual é o "pensamento tucano". Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado? Como explicar um programa de "mudanças possíveis" na infra-estrutura e na educação, contraposto a este marketing salvacionista de Lula? Este é o desafio da campanha do PSDB.

Aécio Neves fez bem em se indignar com a demagogia de Dilma no túmulo de Tancredo - ele nos lembrou que o PT não apenas não apoiou Tancredo em 85 como expulsou seus três deputados que votaram nas eleições pela democracia.

A maior realização deste governo foi a desmontagem da Razão. Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos, mas nada acontece. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.

Aécio Neves devia ir além e ser vice, sim. Seria um gesto histórico que lhe daria riquíssimos frutos, para além do interesse pessoal de uma política imediata. Aécio ganharia uma rara grandeza na Historia do país. Seu avô aprovaria.

Só uma alternância de poder, fundamental na democracia, pode desfazer a sinistra política que topa tudo pelo poder e que planeja, com descaro, transformar-se numa espécie do PRI mexicano, que ficou 70 anos no poder, desde 1929. Durante o poder do PRI, as eleições eram uma simulação de aparente democracia, incluindo repressão e violência contra os eleitores. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita".

Será que isso nos espera?

* Arnaldo Jabor é Jornalista e esta publicação foi autorizada por ele. 

Fungo letal pode ameaçar produção mundial de trigo


Minha tese de mestrado em Segurança e Defesa foi sobre Segurança Alimentar. Sou piloto, como já sabem, mas foi o tema que me ocorreu dado ao meu espanto ao estudar bio-terrorismo.

Como piloto, também, tive a oportunidade de transportar o Min da Ciência e Tecnologia, Israel Vargas, para Ilhéus para uma palestra internacional sobre Vassoura de Bruxa no cacau. Internacional, amigos, internacional.

Há que se considerar que, apesar das rígidas medidas fito-sanitárias que são comuns nos embarques e desembarques dos navios, os terroristas internacionais trazem tais vírus, de acordo com pesquisadores, das formas mais criativas possíveis.

Procurem refletir sobre a importância do trigo na alimentação mundial. Um pequeno detalhe: A Argentina é um dos maiores produtores do mundo, perdendo apenas para a Rússia (lá não se imagina que os terroristas vão se criar - resta refletir sobre a renitência da Argentina em se aproximar de Ahmadinejad, iraniano. Bem, o resto podem ser creditadas a algumas ilações indevidas, recordando-se, ainda, que nossa pauta de exportações se baseia no agrobusiness e não em tecnologia de ponta ou indústrias de alto valor agregado em função do nosso baixo nível educacional técnico comparativo.

Não se impressione meus amigos, não é conversa de bêbado, isto tudo está interligado.
Vale a pena acompanhar, o legado futuro que teremos com a aproximação com o Irã poderá nos trazer uma herança maldita de fato. Espero que acordemos antes.

By the way, não são marcianos...são cidadãos de carne e osso que perpetram tais atos infames.
Como diria César para Brutus ao perceber que seu preferido era o portador de sua morte iminente:
"A maldade, caro Brutus, não reside entre as estrelas, mas no meio de nós, simples lacaios!"



Novas linhagens de um fungo letal ao trigo, descobertas na África do Sul, podem ameaçar a produção mundial de alimentos, alertaram cientistas nesta quarta-feira durante uma conferência na Rússia.


Conhecido como UG-99, ele ataca o tecido vascular da planta, matando-a, processo que pode comprometer colheitas inteiras.
O fungo foi descoberto há dez anos no leste da África e é endêmico no Quênia, onde chegou a destruir 80% da colheita em algumas temporadas.
Mas teme-se que o o fungo esteja agora migrando. Como ele pode viajar a grandes velocidades, cerca de 160 km por dia, cientistas dizem que pode ser difícil controlá-lo.
Transgênicos
Cientistas já desenvolveram novas variedades de trigo resistentes ao fungo original mas estas últimas linhagens, descobertas na África do Sul, superaram a resistência.
O especialista em doenças de plantas da universidade britânica de Cornell, Ronnie Coffman, diz que um dos desafios para conter o alastramento do fungo é a resistência que alguns países costumam ter em dividir informações cientificas.
Coffman defende ainda a engenharia genética como forma de garantir um suprimento estável de alimentos, posição combatida por outros estudiosos.
"Pesquisas mostram que a engenharia genética do tribo deverá ser aceita se o mundo quiser estar a frente dos fungos letais", disse ele.
O trigo é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo, representando cerca de 20% das calorias consumidas diarimente.
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Veja: José Serra vai direto ao ponto


Esse é um fato curioso na nossa mídia atual. Controlada frontalmente por um ex-guerrilheiro, Franklin Martins (atuou como repórter da Globo no interior do Congresso por mais de vinte e cinco anos), deportado para o exterior onde fez cursos de aperfeiçoamento, junto aos demais, em caras universidades com recursos que, segundo eles eram de "contribuições de companheiros" eles tem a tranquilidade de permitir que algumas notícias graves, merecedoras de CPI's em países sérios, sejam, aqui e ali, publicadas, posto que contam, serenamente, com a abulia intelectual da expressiva maioria da nossa sociedade que, ainda, promove um apoio de 80% com relação a gestão atual.

Há um erro no início, injusto até com o PT: a diplomacia nossa não é petista, ela é signatária da doutrina do Foro de São Paulo que vem impregnando nossas instituições com a anuência do cochilante, contudo politicamente esclarecido, do cidadão brasileiro.

Desde que Olivio Dutra, como governador do RGS, recebeu em pleno Palácio Piratini dois dos principais integrantes das FARC's, há alguns anos e a comum e contumaz presença dos signatários daquele foro no Foro Mundial Social é que a nossa sociedade, notadamente a historicamente vanguardista gaúcha em movimentos ideológicos de esquerda ou de oposição, vem absorvendo tais realidades com naturalidade. Circulou, sem nenhuma reação de significância, inclusive, um cartaz de apoio às FARC's patrocinada pela nossa Petrobrás na direção do petista José Eduardo Dutra, então presidente daquela estatal e hoje presidente nacional do PT.

Contudo este exemplo atual com Morales não difere da anuência aos movimentos de Correa, equatoriano, a enganação de perda de patrimônio pelo paraguaio Lugo, os abusos de descumprimentos contratuais de pautas de importações da argentina Cristina e a nítida pressão e interferência de Chavez ao impor, apenas como um exemplo, o recebimento e a guarda de Zelaya em nossa embaixada brasileira na desvalida Tegucigalpa, cidade que também tive a oportunidade, ainda que brevemente, de conhecer.

Amigos não se enganem, está tudo conectado em objetivos doutrinários do FSP. Quem quiser há uma enorme bibliografia no google, basta colocar tal nome entre aspas e se deleitar com a miríade de documentos disponíveis para se ler e avaliar.

Da mesma forma nossa Polícia Federal conhece o problema, assim como nosso Congresso e o Ministério Público, ou seja, as autoridades responsáveis pela averiguação já sabem de tudo o que ocorre, desde o "repentino" aparecimento de Zelaya em nossa embaixada até a questão do tráfico de drogas boliviano para nosso território.

O que se tem que se ler nas entrelinhas é o porquê Serra resolveu falar neste momento da campanha. De fato isto para mim é que é o xis da questão.

Conforme diria Hammlet: "Há mais coisas entre o céu e a terra que nos permita compreender nossa vã filosofia."






O candidato do PSDB acusa o governo boliviano de ser cúmplice do narcotráfico. Ele está certo: Evo Morales incentiva a produção de cocaína. A verdade doeu na diplomacia lulista.






Nos últimos sete anos, o governo brasileiro orientou sua política externa inspirado na cartilha do Partido dos Trabalhadores. Nossos diplomatas e o presidente Lula percorreram o mundo abraçando regimes que violam os direitos humanos, como o de Cuba, ou que desenvolvem às escondidas a bomba atômica, como o do Irã. Em comum, os governos desses países cultivam a retórica antiamericana. A substituição de uma política externa de estado, como era a tradição do Itamaraty, por uma política externa de partido, como é a do governo Lula, coloca a ideologia acima dos interesses brasileiros. Na semana passada, o pré-candidato a presidente José Serra, do PSDB, apontou um dos efeitos dessa diplomacia ao falar das relações do presidente boliviano Evo Morales com o tráfico de entorpecentes. "Você acha que a Bolívia ia exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível", disse Serra em entrevista a uma rádio. No dia seguinte, reforçou: "O Brasil deveria falar com o governo boliviano, fazer gestões, pressionar para que se controle a exportação ilegal de cocaína para nossa juventude". Seus comentários foram classificados pela pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, como "demonização" do país vizinho. Dilma defendeu a linha vigente no Itamaraty: "Provamos que o Brasil pode ser protagonista sem atitudes imperialistas, sem jamais esquecer que na América Latina estão nossos parceiros". Serra, no entanto, não atacou a Bolívia nem os bolivianos, mas a política do atual governo daquele país. E o fez até com comedimento. Mais do que cúmplice, como disse o candidato tucano, Evo Morales, empossado em 2006, é patrocinador de narcotraficantes. Pior: o governo Lula não só fecha os olhos para o que acontece na Bolívia, como se prepara para financiar a construção de uma estrada que facilitará o escoamento da cocaína para o Brasil. Ou seja, a droga que destrói os sonhos de famílias de todas as classes sociais chegará mais rapidamente às nossas cidades - e com a ajuda do contribuinte brasileiro.
Irritado com as declarações de Serra, um ministro boliviano com nome sugestivo, Oscar Coca, exigiu provas. Ei-las: Morales entrou na política defendendo os plantadores de folha de coca da região de Chapare, no departamento de Cochabamba. Na nova Constituição boliviana, ditada pelo presidente e aprovada em referendo no início do ano passado, a coca é considerada "recurso natural renovável da biodiversidade da Bolívia e fator de coesão social". Essa foi a fórmula encontrada para vender ao mundo a ideia de que a defesa da produção de coca visa a preservar os usos culturais da planta, como em chás e ao natural, para mascar. Se isso fosse verdade, o presidente boliviano deveria incentivar a redução da área plantada, não o seu aumento. Morales anunciou a intenção de ampliar o cultivo de coca em 21 000 hectares. A demanda tradicional não precisa de mais de 7 000 hectares para ser suprida. Além disso, a maior parte da produção boliviana tem fins ilícitos: 71% da coca do país é transformada em droga. Em Chapare, reduto eleitoral de Morales, esse índice sobe para espantosos 95%. As ações de combate ao narcotráfico foram desmanteladas uma a uma no governo Morales. A DEA, agência antidrogas americana, por exemplo, foi expulsa do país em 2008. Ela dava apoio à polícia local especializada no combate ao narcotráfico (FELCN), complementando salários, comprando uniformes e ministrando cursos. Sem esse auxílio externo, a FELCN não tem sequer gasolina para perseguir traficantes e encontrar laboratórios de refino de cocaína. As apreensões atuais são, na maior parte, realizadas próximas à fronteira com o Brasil, e só por insistência e com a ajuda da Polícia Federal brasileira.
Morales também expulsou da Bolívia a agência americana de desenvolvimento, a Usaid, que os paranoicos esquerdistas latino-americanos sempre viram como um braço da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Seus integrantes financiavam projetos para dar alternativas econômicas aos pequenos agricultores, como a plantação de banana, melão, café e cacau. Sem a Usaid, as lavouras de coca avançaram e a exportação de frutas caiu 41% em um ano. Morales prefere que o seu país ganhe dinheiro vendendo droga ao Brasil. Sob sua supervisão, as plantações de coca agora estão presentes nos nove departamentos bolivianos e em três reservas florestais. Desde 2007, a Bolívia fabrica o pó de cocaína, com laboratórios montados em associação com cartéis colombianos. Até então, o país exportava apenas a pasta de coca.
O incentivo de Morales fez a produção de cocaína e pasta de coca crescer 41%. A política cocaleira teve o efeito desejado pelo governo boliviano: o negócio prosperou. O volume de cocaína apreendido pela Polícia Federal nos quatro estados brasileiros que fazem fronteira com a Bolívia triplicou. "Os traficantes estão fazendo a festa, porque o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do continente, atrás apenas dos Estados Unidos, e chegar a esse mercado nunca foi tão fácil", diz o boliviano Humberto Vacaflor, especialista em narcotráfico. Entre 80% e 90% da droga consumida no Brasil é boliviana - por não ter a mesma qualidade da colombiana, ela é desprezada por americanos e europeus. O comércio do pó aumenta os lucros da bandidagem organizada e financia outros tipos de crime no Brasil. No Rio de Janeiro, 60% das ocorrências estão relacionadas à droga. Além de pó, os traficantes bolivianos vendem pasta de coca ao Brasil. O produto, misturado à soda cáustica, é transformado em pedras de crack, uma droga barata e bem mais perigosa do que a cocaína. Quando inalado com frequência, o crack leva a convulsões, a paradas cardíacas e ao desequilíbrio de áreas cerebrais responsáveis pelo controle da respiração. No Brasil, 13 anos é a idade média com que se começa a usar crack. Dois terços dos viciados morrem em menos de cinco anos.
O governo lançou recentemente o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack. O pacote de medidas tem mais casca do que conteúdo. Entre outras coisas, anuncia que será aumentada a vigilância na fronteira com Bolívia, Colômbia e Paraguai e propõe dobrar o número de leitos em hospitais públicos para dependentes químicos, de 2 500 para 5 000. A segunda medida é questionável. "Os hospitais não possuem estrutura para atender usuários de crack, porque esses pacientes têm comportamento violento e precisam ficar isolados", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um dos maiores especialistas no tratamento de dependentes químicos do Brasil. No programa partidário na TV, a candidata governista Dilma Rousseff defendeu "apoio e carinho" para enfrentar a ameaça do crack. "Nós, mães, vamos estar na linha de frente", disse a pré-candidata, apelando para a empatia de gênero. O suporte materno, sem dúvida, é necessário. Em termos de política pública, no entanto, o ideal é pressionar os países exportadores da matéria-prima do crack, como a Bolívia, a combater o narcotráfico e reduzir as plantações de coca. "Mais do que na falta de apoio familiar, a origem do problema da droga no Brasil está na enorme facilidade de obtê-la", diz Laranjeira.

Com o auxílio do dinheiro dos contribuintes brasileiros, ficará ainda mais fácil para os traficantes colocar cocaína e crack nas ruas das nossas cidades. Em agosto do ano passado, na Bolívia, o presidente Lula, enfeitado com um colar de folhas de coca, prometeu um empréstimo de 332 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a rodovia Villa Tunari-San Ignacio de Moxos. Na ocasião, a segurança de Lula não foi feita por policiais, mas por centenas de cocaleiros armados com bastões envoltos em esparadrapo. Com 60 000 habitantes, a cidade de Villa Tunari é o principal centro urbano de Chapare. A rodovia, apelidada pelos bolivianos de "estrada da coca", cruzará as áreas de cultivo da planta e, teoricamente, deveria fazer parte de um corredor bioceânico ligando o porto chileno de Iquique, no Pacífico, ao Atlântico. Como só garantiu financiamento para o trecho cocaleiro, a curto prazo a estrada vai favorecer principalmente o transporte de cocaína para o Brasil. O próprio BNDES não aponta um objetivo estratégico para a obra, apenas a intenção de "financiar as exportações de bens e serviços brasileiros que serão utilizados na construção da rodovia, tendo como principal benefício a geração de empregos e renda no Brasil". Traduzindo: emprestar dinheiro para a obra vai fazer com que insumos como máquinas ou asfalto sejam comprados no Brasil. O mesmo efeito econômico, contudo, seria atingido se o financiamento fosse para uma obra em território nacional.
Na Bolívia, suspeita-se que o financiamento do BNDES seja uma maneira de conferir contratos vantajosos a construtoras brasileiras sem fiscalização rigorosa. Os promotores bolivianos investigam um superfaturamento de 215 milhões de dólares na transcocaleira. "Essa rodovia custou o dobro do que seria razoável e não tem licenças ambientais. Seu objetivo é expandir a fronteira agrícola dos plantadores de coca", diz José María Bakovic, ex-presidente do extinto Serviço Nacional de Caminhos, órgão que administrava as rodovias bolivianas. Desde que Morales foi eleito, Bakovic já foi preso duas vezes por denunciar irregularidades em obras públicas. As mães brasileiras não são as únicas que sofrem com a amizade do governo brasileiro com Morales.

As provas da ajuda de Evo Morales ao narcotráfico

• Depois da eleição de Morales, a produção de cocaína e pasta de coca na Bolívia cresceu41%
• A quantidade de cocaína que entra no Brasil pela fronteira com a Bolívia aumentou 200%
• Morales é presidente de seis associações de cocaleiros da região do Chapare, seu reduto eleitoral
• Ele quer ampliar a área de cultivo de coca para 21 000 hectares. Para atender ao consumo tradicional, como o uso da folha em chás e cosméticos, basta um terço disso
• Expulsou a DEA, agência antidrogas americana, que dava apoio à polícia boliviana no combate ao tráfico
• A pedido dos cocaleiros, Morales acabou com o projeto que ajudava agricultores a substituir a coca por plantações de banana, melão, café e cacau.
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domingo, 30 de maio de 2010

Veja: O Dedo na Ferida: Menos Imposto, Mais Consumo


Muito pode-se depreender dessa pesquisa científica: primeiro é que há uma expressiva omissão de governança da sociedade sobre a condução da gestão da coisa pública expressa, com revolta e com sua pressuposta intolerância a tal abuso, em pesquisas mas, infelizmente  com anuência consubstanciada e corroborada nos votos. O suplício de Sísifo, mito, em fato.

Segundo é que os argumentos e levantamentos deixam claro que os resultados de Ibope, CNI/Census e Vox Populli sugerem manipulação ao atestarem que 80% da população brasileira (se é que, e eu duvido muito, eles se dão ao trabalho de visitar as principais cidades brasileiras, mesmo as que são de difícil acesso por rodovia - só para relembrar, o PT é o único partido na A do Sul que possui diretório em todas as 5640 cidades, assim, achar acidental e aleatoriamente um cidadão "isento" para responder tais pesquisas é moleza!!- infiro).

Terceiro, que o trabalho do Cientista político Alberto Carlos de Almeida, de quem venho falando aos amigos e leitores do blog, vem se firmando e escapando do forte patrulhamento ideológico que perpetra o meio editorial nacional, o que nos dá uma boa luz de esperança.

Enfim, amigos, o problema não é só do presidente, pois o Congresso não precisa, como o Judiciário, ser provocado pelo cidadão ou entidades representativas de classe para agir, ele é autônomo. Sou mais a justificativa final de Almeida.

Outro livro que irá para minha estante, não só pelo tema, mas pela qualidade do trabalho do autor que atestei em obras anteriores.










Depois de 148 dias...




...chega o 1º dia livre de impostos

Livro demonstra que os brasileiros não toleram mais pagar tributos europeus e receber serviços públicos africanos.  Falta um candidato que expresse o desejo do eleitor







De cada 1 000 reais que um brasileiro recebe de salário, 400 são consumidos pelos impostos. Esse valor não diz respeito apenas aos tributos cobrados diretamente e subtraídos mensalmente do contracheque. Os impostos estão presentes em todo e qualquer produto consumido. Existem 83 tributos, taxas e contribuições no país, que consomem em média 40% da remuneração que obtemos com o nosso esforço. De 1º de janeiro de 2010 até a sexta-feira passada, 28 de maio, cada brasileiro trabalhou para sustentar o governo em suas três esferas, municipal, estadual e federal. Foram 148 dias de suor recolhidos aos cofres do estado. Em troca de que mesmo? Deveria ser em troca de educação, saúde e segurança. Não é, pois a mesma família que só se livrou das garras do Leão na última sexta-feira vai ter agora de recomeçar a trabalhar para pagar por... educação, saúde e segurança. Uma família de classe média gasta no Brasil um terço de sua renda para pagar escola particular, plano de saúde privado e outros serviços que deveriam ser sustentados pelos impostos. No total, 75% do salário do brasileiro é empenhado em impostos e serviços que os impostos deveriam cobrir.
O economista Antonio Delfim Netto produziu a imagem definitiva para exprimir a tortura a que a população foi condenada, ao chamar o Brasil de "Ingana": uma nação com carga tributária da Inglaterra e serviços públicos dignos de Gana. Uma conclusão similar emerge da leitura de O Dedo na Ferida: Menos Imposto, Mais Consumo (Record; 196 páginas; 32,90 reais), do cientista político Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise. O livro resultou da pesquisa sobre a opinião dos brasileiros a respeito dos impostos e da avaliação que fazem do governo no uso dos recursos, realizada a partir de entrevistas com 1 000 pessoas de todo o país. Almeida, autor também de A Cabeça do Brasileiro e A Cabeça do Eleitor, toca em uma ferida exposta e da qual os políticos não querem nem ouvir falar. Os brasileiros, independentemente de classe social e nível de renda, sabem que pagam impostos demais e gostariam que os governantes fizessem melhor uso dos recursos existentes. Poucos estão dispostos a ser tributados ainda mais sob a promessa de ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família ou o Vale-Cultura. Acima de tudo, a maioria absoluta dos entrevistados está convicta de que, se tivesse a chance, preferiria pagar menos tributos para ter mais dinheiro no bolso e gastar com escola particular ou saúde privada.
Como resolver o problema da saúde pública, criando mais impostos ou utilizando melhor os recursos já existentesOito em cada dez brasileiros ficaram com a segunda opção. O que é melhor, expandir o Bolsa Família ou diminuir a tributação dos alimentos, para que eles fiquem mais baratos? Mais de 80% dos entrevistados optaram pela segunda alternativa. Mesmo os beneficiados pelo Bolsa Família preferem pagar menos impostos a ampliar o programa assistencial. Quando questionados se consideram que seja necessário elevar o salário mínimo, 93% dos brasileiros afirmam que sim. Mas e se esse aumento for condicionado ao pagamento de impostos? O apoio cai para 56%. Os entrevistados não titubeiam: preferem pagar 100 reais por mês pela mensalidade de um plano de saúde a despender a mesma quantia em contribuições que custeiem o sistema público. Para estimular o emprego, qual a alternativa mais eficaz: diminuir os encargos trabalhistas ou reduzir a taxa de juros? A grande maioria dos entrevistados (68%) indica a primeira opção. Nisso, a propósito, a população concorda com os empresários. Uma pesquisa feita pelo Ibope sob encomenda da Fiesp, a federação das indústrias de São Paulo, mostrou que 65% das empresas citam o sistema tributário como a maior trava ao aumento dos investimentos.
A cada resposta que dão à pesquisa do Instituto Análise, os brasileiros, inconscientemente, ecoam uma das principais máximas do economista liberal americano Milton Friedman (1912-2006), para quem "as pessoas sabem gastar o seu dinheiro melhor que qualquer governo". Essa frase, essência do pensamento de Friedman, resume a opinião demonstrada pelos brasileiros no livro de Almeida. A população quer ter liberdade para escolher. Os eleitores, no entanto, não dispõem hoje da possibilidade de escolher um candidato que os defenda nesse assunto. Nenhum dos principais partidos do país tem a redução dos impostos como uma de suas plataformas eleitorais. É bem diferente do que se vê nos países desenvolvidos, sobretudo nos Estados Unidos, onde os tributos são um tema que não pode ficar de fora em qualquer campanha eleitoral. Os políticos brasileiros fogem do assunto e, quando instados a comentá-lo, refugiam-se em respostas vagas.
Isso ficou evidente na terça-feira passada, em sabatina com os três principais pré-candidatos à Presidência, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Apesar de todos terem concordado que a carga tributária brasileira ultrapassa os limites toleráveis, nenhum deles exibiu planos para aliviar significativamente esse peso. O único que ofereceu uma proposta concreta, mas bem restrita, foi o tucano José Serra, que se comprometeu, caso eleito, a reduzir os impostos do setor de saneamento básico. Dilma Rousseff, sem dar detalhes, defendeu uma carga menor para os investimentos. Marina Silva se comprometeu em buscar a reforma tributária, mas ressalvando que seria difícil tirar esse projeto do papel. Os projetos para estimular o desenvolvimento, de maneira geral, concentram-se em políticas estatais, que implicam invariavelmente uma ampliação dos gastos públicos – e, portanto, mais impostos.
Para Almeida, que trabalha como consultor político, é difícil compreender como os candidatos passam por cima do quase clamor dos eleitores por menos impostos. Por que nenhum candidato tira proveito de uma causa tão popular, que poderia render milhares de votos? O autor arrisca algumas explicações. Em primeiro lugar, os principais partidos pendem para a esquerda, e a redução de impostos é uma bandeira tradicionalmente de direita. Para os esquerdistas, o estado, por meio dos tributos, deve ser o promotor do desenvolvimento e da justiça social. Além disso, os políticos brasileiros, não obstante sua corrente ideológica, "encontram-se na fila do caixa do Tesouro". "Todos querem controlar mais recursos públicos", explica Almeida. Finalmente, os políticos fogem da cruz quando o tema é diminuir a tributação porque, se acenarem com essa proposta, precisarão reduzir gastos e rever privilégios. Afirma Almeida: "Todos mandam a conta final para a sociedade. Não precisam de fato ser eficientes. Para cada gasto adicional, aumente-se uma tarifa ali ou uma alíquota acolá e está tudo resolvido".
Aí está a verdade inconveniente que político nenhum gostaria de ver exposta à luz do sol. É o real dedo na ferida. Como demonstra o livro de Almeida, no entanto, a redução dos impostos é uma plataforma eleitoral pronta, que cedo ou tarde será capitalizada politicamente por algum candidato. "Existe o script, mas falta o ator", diz o cientista político. Ainda há tempo para que isso ocorra na próxima eleição. A vontade dos eleitores, de se verem livres de ao menos parte dos 148 dias no ano de servidão ao governo, já foi expressa.




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O PODER AÉREO

O PODER AÉREO

José NOGUEIRA Sobrinho – Ten Cel Esp Av Ref FAB
Oficial de Segurança de Vôo, Oficial de Manutenção e Engenheiro de Vôo da Força Aérea.

            I – HISTÓRICO
            O Poder Aéreo é uma das expressões do Poder Militar, junto com o Poder Terrestre e o Poder Naval. Compreende as forças aéreas das três armas, campo, portanto, de atuação da Força Aérea Brasileira (FAB).
            Na 1ª Grande Guerra, exércitos e marinhas improvisadamente empregaram aeronaves em missões de bombardeio e de observação aérea. O avião era visto como um canhão de grande alcance ou mera plataforma de observação visual, antecessora do reconhecimento foto. Desarmados, aviões inimigos cruzavam-se e não se hostilizavam. Os aviões de bombardeio carregavam apenas bombas, e os de observação, homens com binóculos. Surgiu então a idéia de armar os aviões de observação, menores e mais leves, velozes e manobráveis, para “caçar” e abater o inimigo, o que originou o combate aéreo e a aviação de caça.
Como os bombardeiros rompiam a “frente” de combate para atacar pelo ar o “coração” do inimigo, logo os caças passaram a fazer a escolta do vôo reto e nivelado dos bombardeiros. O progresso acabou levando à síntese do caça-bombardeiro multiuso, e já é realidade o avião de combate sem navegador e sem piloto.
            Essas missões de caça e escolta, hoje defesa aérea (interceptação de alvos invasores do espaço aéreo nacional) e ações aeroestratégicas (bombardeios para além das fronteiras nacionais), independiam das missões táticas (as executadas nos campos de batalha) das aviações dos exércitos e das marinhas, e apontavam para a formação de forças aéreas independentes dessas duas armas, como é o caso da FAB.

            II – TEORIA E PRÁTICA
            É questão antiga entre estrategistas, exércitos e marinhas de um lado, e forças aéreas de outro, a necessidade ou não de uma força aérea singular, independente das forças de terra e mar.
            Os defensores do Poder Aéreo afirmam que podem vencer a guerra (tese até hoje não comprovada) com ações aeroestratégicas, atingindo o coração do inimigo; e com ações aerotáticas, no Teatro de Operações (TO), para o domínio do espaço aéreo (prioritário em relação à interdição e ao apoio aéreo aproximado), garantindo livre trânsito às operações de superfície, o que se consolida pela interdição do campo de batalha.
            Os ideólogos do Poder Terrestre e do Poder Marítimo aceitam como verdadeiras as teses do Poder Aéreo, mas, pragmáticos, argumentam que as manobras de superfície (TO terrestre ou marítimo) envolvem quantidade tão grande de meios de apoio, inclusive os aéreos, que se torna obrigatório submetê-los ao comando único da força terrestre ou naval.
            Os debates levaram à criação de uma terceira força aérea, embora a disputa por espaços continue. De fato, o Poder Aéreo, nas ações aerotáticas, é exercido pelas forças aéreas dos exércitos e das marinhas nos seus respectivos teatros de operações; e nas ações aeroestratégicas e de defesa aérea, pelas forças aéreas singulares. São estas as balizas teóricas da prática operacional harmoniosa nas três forças aéreas.

            III – POR QUE TRÊS FORÇAS AÉREAS
            Uma só força aérea concentra meios, mas gera conflitos na hora do emprego, comprometendo as funções Comando, Coordenação, Controle, Comunicações e Informações (C4I), o que a inviabiliza como força. E duas forças aéreas (exército e marinha) apenas dividem os meios adequados a cada uma em função do emprego, bem definido e não-conflitante, resolvendo as ações aerotáticas, mas deixando pendentes as ações aeroestratégicas e defesa aérea.
            A solução, tanto econômica, como doutrinária, é mesmo a manutenção das três forças aéreas, evitando superposições. Equivale a se ter uma só força aérea sem os conflitos do emprego, e implica uma clara política de defesa aérea que defina o que cabe a cada uma delas, dentro de suas especificidades, tarefa agora possível com a criação do Ministério da Defesa.
                Nesse contexto, a FAB foi criada em 20 de janeiro de 1941, com o acervo das então indevidamente extintas e hoje reativadas forças aéreas do Exército e da Marinha.
Com ética e verdade, FORÇA AÉREA, BRASIL!
Recife – 2008 – Reproduza e divulgue – “ENSAIOS” – pág 6.
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sábado, 29 de maio de 2010

A burca de Ipanema


A baía de Guanabara é, mundialmente, um retrato fiel de beleza natural ao mesmo tempo que guarda uma histórica tolerância com a diversidade, cultural, física, de raça e artistica. Nossa cultural capacidade de lidar com diferenças e absorver em nosso seio pessoas de mundos desiguais atraiu milhões de pessoas desde nossa fundação como nação. Ao longo do litoral brasileiro, mais notadamente pelo mar da baía da Guanabara, incontáveis quantidades de navios e barcos de toda categoria despejam  alegres estrangeiros ávidos por se impregnar de nossa alegria e capacidade de viver sempre de bem com a vida.

Mudando-se o foco e aprofundando-se mais na História ela está repleta de exemplo de como os grandes conquistadores dominavam, por vezes sem uma batalha sequer, uma sociedade. De Gengis Kan, passando por Ivan o Terrível, Nabucodonosor, os Césares, Khimmer Rouge etc, procuraram dominar as sociedades alvo, primeiramente, por intermédio de seus títeres, poetas, tutores, professores e os famosos "eminências pardas" e intelectuais de forma geral.

O que ocorre hoje em nossa sociedade, notadamente na mídia não difere disso. A propósito de recente artigo de um editorialista em uma importante revista, antes eminentemente empresarial e hoje eivada de ideologia em suas linhas e, outro imortal sempre pronto a defender qualquer ação fora de contexto coerente em termos de relações internacionais,  sugerem a correção de visão de governo (claro está que não de estadista) de nosso presidente em inaugurar uma nova ordem de negociações internacionais com países de estabilidades econômica, política e, porque não dizer, emocional duvidosas. Vejam, são figuras destacadas no meio intelectual e acadêmico, formadores de opinião e, inexoravelmente alinhados com o governo atual. Eles, assim como seus equivalentes nas sociedades da antiguidade, passam a dar um novo tom a um totalitarismo iminente seduzindo, até, os mais incautos.


Ao longo dos anos, nas histórias das sociedades, o comércio fundamentou as relações internacionais. A pertinente e desejada simbiose cultural e física gerariam outras sociedades com as competências e excelências de cada uma e todos sairiam ganhando. Assim, um dos preceitos de consubstanciam acordos comerciais e diplomáticos entre nações é a possibilidade de intercâmbio cultural e produtivo entre seus cidadãos, sendo comum a residência em cada uma das sociedades a fim de se iniciar um processo de simbiose cultural que facilite as relações econômicas. Em tese, com as novas tratativas, haveria famílias brasileiras em meio à rigidez comportamental da sociedade iraniana ao mesmo tempo que teríamos aqueles cidadãos, lépidos, leves e sensuais como os nossos, em nossas ruas.

Sammuel Huntington, em seu célebre livro o Choque das Civilizações, deixa claro que a diferença de idiossincrasias sociais, impulsionadas pela religião podem até gerar a intolerância, colocando as sociedades ocidentais, desenvolvidas, em sérios riscos em função do fanatismo adstrito ao fundamentalismo religioso. Assim, esperar uma absorção da cultura mussulmana pela nossa latina de beira de praia é querer o impossível. Mesmo com nosso jeitinho fagueiro fica-me difícil imaginar a rigidez comportamental dos homens e mulheres em uma mesa de negociação ou em uma empresa de tecnologia discutindo e gerando conhecimento.

A título de exemplo, incorporamos os produtos e comidas baratas chinesas, as novelas italianas,  roupagens indianas, as roupas e sandálias japonesas, os esportes, algumas iguarias estrangeiras de outros países e os de lá quem sabe, sem perder suas identidades, absorveram apenas a noção do nosso samba e da mundana festa o carnaval permanecendo com a indefectível impressão de que aqui habitam mais índios, sambistas semi-nuas e jogadores de futebol do que pessoas normais.

O primeiro produto de um intercâmbio comercial é a troca de seus agentes vivendo nas sociedades envolvidas, assim, fica, no caso das tentativas dos oportunos acordos comerciais com o Irã imaginar aquela sociedade abraçando ao receber, executivas brasileiras independentes e desembaraçadas em uma mesa de reuniões falando de igual para igual com homens daquele país.


Tal intercâmbio vem encontrando defensores, pois assim é a visão dos intelectuais pagos pelos cofres da ideologia imaginar, em contrapartida de situação anterior, uma "executiva" iraniana em pleno sol, de , em meio a uma miríade, e não miragem, de "fios dentais" das cariocas símbolo da sensualidade e leveza brasileiras.




Apesar da burca ser um denso e pesado véu comum no Afeganistão e Iraque, ele serve para demonstrar o quanto há de liberdade para mulheres naqueles países onde o Irã se integra. Dessa forma imaginar aquele adereço circulando normalmente em meio a fios-dentais, em piscinas de hotéis e shopping centers sem causar absolutamente nenhuma espécie somente na imaginação fértil dos membros de "intelligenza " brasileira.




Continuo achando conforme um ex-diplomata expressou: O Brasil com o Lula liderando este tipo de política externa, notadamente com o Irã, é o mesmo que atravessar uma movimentada rua em direção a uma poça d'água na outra calçada para nela escorregar feio...É esperar para ver.
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Sobre a carga tributária e os 80%


Refletindo sobre tal excrescência econômica tendo os 80% dos brasileiros aprovando o governo atual posso chegar a simples conclusões:

Ou 80% de nossa sociedade sabe e se habituou;
Ou 80% de nossa sociedade sonega o Imposto de Renda:
Ou 80% de nossa sociedade é estúpida o suficiente para não fazer correlação de uma coisa com outra ou,
Os 80% para variar, é um dado mentiroso para marketing político...

Fora isto não consigo achar uma explicação decente.

Enfim, livres: após 148 dias, o primeiro fim de semana sem impostos



Parabéns! A partir de hoje, você finalmente será recompensado pelos seus esforços profissionais em 2010. Isso porque só nesta sexta-feira, dia 28 de maio, o brasileiro começa a ficar livre da carga tributária insuportável que abocanha boa parte de seus vencimentos. De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), desde 1º de janeiro até esta sexta, o brasileiro trabalhou apenas para cumprir suas obrigações tributárias com os fiscos federal, estaduais e municipais. São 148 dias trabalhando só para o leão, sem ficar com um tostão sequer. E esse período vem aumentando. Em 1991, o brasileiro trabalhava 90 dias por ano para sustentar o governo. Em 2001, eram 130. Em países vizinhos, o tempo é menor: 97 dias na Argentina e 92 no Chile. Nos Estados Unidos, as pessoas trabalham 102 dias por ano para pagar impostos. De cada 1.000 reais recebidos de salário por um brasileiro, 400 são consumidos por impostos. Nesta sexta, porém, a hora é de comemorar. Você finalmente vai passar a embolsar seu dinheiro...
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Inclusão digital e social


É importante de conhecer, também, este lado da proposta.

Inclusão digital e social




O programa de inclusão digital do governo paulista, o Acessa São Paulo, chegará a 86% dos municípios até o fim deste ano. Em 557 cidades haverá 633 postos com capacidade de 1,6 milhão de atendimentos mensais - um aumento de 63% se comparado a 2007, ano em que o programa começou a se expandir. Desde o início do processo, há dez anos, houve mais de 45,7 milhões de atendimentos para quase 2 milhões de usuários cadastrados.
O programa Acessa São Paulo, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública e administrado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), dispõe nos postos já instalados pelos municípios de 4,7 mil computadores e de 1,1 mil monitores para orientar os usuários e desenvolver projetos de melhoria do atendimento.
Além de contar com salas equipadas com computadores, o programa estimula o desenvolvimento de projetos comunitários com o uso da Tecnologia da Informação, que podem ampliar, por exemplo, o acesso a cursos de informática, cultura, educação, emprego, trabalho e saúde. Também divulga e facilita o uso de serviços do governo eletrônico e promove a formação continuada em novas tecnologias. O programa pretende promover, além da inclusão digital, a inclusão social. Afinal, atualmente, um aluno ou um profissional que não frequenta a web está condenado à exclusão.
Nas unidades, os usuários podem ter acesso gratuito à internet banda larga pelo período de 30 minutos. Esgotado esse tempo, basta pegar nova senha e aguardar a vez. Conforme dados da pesquisa Ponline de 2009, que avalia o perfil do frequentador do Acessa São Paulo, numa amostra de 8.268 cidadãos, a maioria (69%) tem renda familiar de até dois salários mínimos. Em relação ao ano anterior, o número de usuários que não trabalham aumentou de 57% para 64%.
O levantamento mostrou também aumento da frequência de usuários com renda familiar de menos de um salário mínimo - reflexo da expansão do Acessa São Paulo em municípios com índices de desenvolvimento mais baixos.
Nas salas do programa há desde adolescentes até boias-frias, no interior, descobrindo como controlar o mouse. Há gente trabalhando nas salas exclusivas para profissionais, de algumas unidades, e pessoas aprendendo os primeiros passos do Word ou do Excel com os monitores.
Dados do IAB Brasil mostram que a parcela da população classificada como classe C é a que mais cresce na utilização da web. Entre 2008 e 2009, enquanto a participação das classes AB e DE na rede crescia 4%, a da classe C passou para 6% do total de usuários.
Quase 30% dos frequentadores das unidades do Acessa São Paulo têm computador em casa, mas não podem pagar pelo acesso à rede. Para essa parcela, o governo paulista criou, por meio do Decreto 59.921, de outubro passado, o Programa Banda Larga Popular que isenta esse serviço do ICMS.
Pacotes oferecidos pelas operadoras Net e Telefônica custam, no máximo, R$ 29,80 mensais e dão direito a um modem, serviços de instalação e de provedor de internet com velocidades que variam entre 200 Kbps (quatro vezes mais rápida que a velocidade da conexão discada) e 1 Mbps. Os pacotes dão acesso ilimitado à internet, sem restrições de horário ou de volume de tráfego de dados. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostram que aproximadamente 2,5 milhões de domicílios podem ser beneficiados pelo Programa Banda Larga Popular.
Além da inclusão digital e social, o acesso à internet banda larga incrementa a atividade econômica, como já foi comprovado pelo Banco Mundial. Os técnicos do Bird têm feito levantamentos sobre as relações, em diversos países, entre o aumento do uso da rede e o incremento do PIB.
O programa paulista pode servir de modelo para outras unidades da Federação e mesmo para municípios que pretendam ter uma política continuada de inclusão digital das parcelas de jovens ou adultos da população. 
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