quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gigantes seguem escassas na América Latina

O jornalista poderia ter prosseguido em seus argumentos.
Este breve post no blog do autor é um perfeito "três por quatro" do que é a economia nos países da AL hoje em dia.

Arrisco alguns ao fim do breve artigo.

Gigantes seguem escassas na América Latina

Continua desproporcional ao peso relativo de sua população (10% da mundial) a participação de apenas 3,3% da América Latina no ranking das 2 mil maiores empresas do mundo da revista Forbes. Ao todo, são 67 empresas na região, encabeçadas pelas brasileiras, com 33, seguidas pelas mexicanas, com 18. A lista não inclui nenhuma empresa da Argentina. Com participação expressiva de bancos, na lista das 67 latino-americanas há apenas uma de alta tecnologia, a brasileira Embraer.

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Temos que considerar que em termos de desenvolvimento, há um gap natural que se torna, até, barreira intransponível para o desenvolvimento dos países da América Latina. Tal gap é composto por alguns elementos, dentre eles destaco nossa idiossincrasia latino-americana que não é afeta ao empreendedorismo, como são os anglicanos, eslavos, germânicos etc

Também temos que considerar a dispersão geográfica das populações em função da geografia como também da topografia, assim, a densidade demográfica é menor, em média de quilômetro quadrado do que na Europa e outros países avaliados. A dispersão se dá por motivos de impraticabilidade de construção de vias de trânsito e de escoamento de produtos e serviços o que reduz, significativamente, o potencial de produção de qualquer segmento da economia produtiva.

Ambos, aliados, faz com que a presença do Estado e o desenvolvimento social e econômico que este possa proporcionar seja menor, quando não, pouco viável. O Estado como principal promotor de Saúde, Educação, Saneamento e Energia não estando próximo ao cidadão este fica à mercê do que lhe resta ou de algum empreendedor privado ou estrangeiro. Como não há potencial de desenvolvimento, este não reflete retorno sobre os investimentos (ROI) assim, também torna-se inviável se aplicar para se desenvolver sem retornos vislumbrados.

Assim, não é de se estranhar que, em termos de indústrias de ponta estejamos muito atrás. Os fatores, a título de exemplo, acima elencados, fazem com que a saúde e educação sejam insipientes, o que leva a um menor preparo intelectual da mão-de-obra que, por sua vez, ocupa mais espaço em segmentos de serviços do que os de indústria. Estes, por arrecadarem mais, proporcionam mais recursos públicos para investir-se nas carências já citadas.

O que vale observar é que há partidos de esquerda no poder em todos os países da América Latina há mais de vinte anos. O "political database" do Universidade de Georgetown, quando de lá me vali para pesquisas de mestrado, mostra que todos os países das duas Américas, ou melhor, "abajo del Rio Grande" têm a prevalência de partidos de esquerda na expressiva maioria das cidades e estados há mais de vinte anos. Por quê tal panorama não mudou?

Não estou fazendo apologia à direita, pois não acredito em nenhum sistema político partidário  dos países que estudei acerca, assim, denoto somente que as promessas não não factíveis de serem cumpridas e os "Messias" por sua vez, parecem reinar na preferência popular sem aportar soluções sustentáveis para o desenvolvimento de seus países. São os índices macro-econômicos históricos que assim o dizem.

Note-se, ainda, que a prevalência é dos bancos e banqueiros, os "eternos vilões" pregados aos quatro ventos por partidos e candidatos de esquerda que reinam absolutos há mais de vinte anos. Não é engraçado isto? No mínimo curioso.

Por fim amigos, a AL é peculiar em relação aos demais continentes, precisa ser mais estudada e com mais profundidade a fim de que soluções factíveis, por absorverem nossas características e idiossincrasias possam ser aplicadas.
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