Observa-se um esforço dos países em se afastarem, cada vez mais, dos modelos econômicos que dominaram a Europa desde o século XII.
Além de fortemente excludentes, tais modelos faziam dos países abaixo citados meros provedores de matéria prima ou entrepostos de rotas comerciais.
O ponto comum que mantinham tais países sob o jugo do estrangeiro era a manipulação das classes menos favorecidas por intermédio da religião e de chefes de clãs regionais, aproveitando-se da dificuldade de comunicação entre as regiões de um mesmo país em função da geografia e topografia que dificultava a ampliação ou criação de rodovias e ferrovias.
O advento da tecnologia, notadamente o rádio e, posteriormente, o telefone e telégrafo, permitiram o intercâmbio interno, a consequente redescoberta das potencialidades econômicas e riquezas de cada país e o envio de seus cidadãos para buscar educação fora e retornar conhecimento para as respectivas sociedades.
Falando-se dessa forma, tem-se a impressão de que é uma retrospectiva de um século atrás na história dos países pesquisados, contudo os recentes desempenhos negativos evidenciados pela crise dos títulos americanos desnudou problemas latentes e que precisam ser resolvidos para projetar tais economias e permitir que deixem a categoria de "em desenvolvimento" para tornarem-se desenvolvidos.
Sim, nosso país está neste imbróglio. Ainda temos regiões onde casas são iluminadas a lampeão e os pequenos povoados não têm energia elétrica. Por quê? Por políticas de reservas ambientais e de preservação de vida indígena. Este ponto parece não querer ser discutido e é o que faz, dada a nossa natureza de nos colocarmos alheios aos problemas reais do país, o único país que, inobstante a uma expressiva quantidade de riquezas naturais, incapaz de se colocar e se sustentar como economia desenvolvida.
Temos urgência e ainda não nos percebemos disso.
A classe média está crescendo mais rápido que o esperado, em número e força, em países como China, Brasil, Rússia, Turquia, Índia e Indonésia. O economista Jim O’Neill revela que, no ano passado, 70 milhões de pessoas aderiram à classe média emergente, com renda entre US$ 6 mil e US$ 30 mil. Os chineses, por exemplo, compraram mais carros que os norte-americanos em 2009.
De acordo com a Newsweek, a classe média emergente apresenta muitas contradições: é briguenta, mas raramente aceita confrontos políticos; apoia a globalização, ainda que seja extremamente nacionalista; tem orgulho do crescimento de sua nação, mas é insegura e temerosa que a mesma volte ao patamar inicial; é altamente individualista, mas confiante nos subsídios governamentais; e é mais conservadora.
Segundo a revista, o crescimento econômico está baseado nos mercados emergentes e seus líderes estão optando por alterar o modelo ocidental por modelos nacionais próprios. Um controle estatal maior está se tornando uma regra, pelo menos enquanto países como a China continuarem bem economicamente.
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