terça-feira, 18 de maio de 2010

A infraestrutura precária ameaça o transporte aéreo


O problema não deve ser recente. Aliás se a mídia fosse um pouco mais séria e menos controlada iria a fundo e veria o que aconteceu com os investimentos da Infraero no início do Gov Lula quando o ex-PMDB e PT até seu falecimento, Carlos Wilson PT-PE priorizou os recursos recolhidos pela Infraero.

Há que se dar crédito a este problema também aos movimentos de defesa do meio-ambiente sempre com aquelas famosas "há inúmeras alternativas com menores impactos ambientais". Eu nunca li sequer duas ou três dentre as inúmeras.

Qualquer movimento de ampliação ou modificação de plano diretor de qualquer imóvel requer uma quantidade grande de certificações. A exemplo do que ocorreu recentemente sobre obras em Congonhas houve, inclusive, espaço para fogueiras das vaidades onde um determinado representante público, demonstrando despreparo para a função, apresentou "denúncias de autoritarismo" por parte da Infraero, dando a impressão para o contribuinte de que aquela Instituição não atendia às demandas do denunciante por pura implicância, deixando de dar a necessária explicação de que, como ente público ou receptor de verbas do Erário, a Infraero tem que obedecer cronogramas físico-financeiros já autorizados para o ano fiscal em andamento e não sair desobedecendo tal premissa para se atender a outrem fora do estabelecido nos documentos formalmente aprovados. Este tipo de "affair" exemplifica a complexidade da gestão da coisa pública em uma sociedade em um Estado de Direito. "A bangú" não se faz administração pública decente.
Por fim, parece algo paradoxal, quando não surreal : Como é que 80% do país aprova a gestão de Lula se este segmento social que gera uma economia significativa e tem esclarecimento, pelo menos em tese, reclama da inépcia gerencial do governo neste setor. Não é curioso?



demanda de transporte aéreo no País cresceu 23,48% entre os meses de abril de 2009 e 2010, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Embora a base de comparação seja baixa, é um ritmo que pode ser comemorado, mas que evidenciou ainda mais a falta de investimentos na infraestrutura aérea.
problema não é das companhias de aviação, que recuperaram a lucratividade apesar da crise mundial, graças à adoção de medidas internas de reorganização. O serviço de transporte aéreo mudou muito nos últimos anos e as mudanças no modelo de gestão das empresas aéreas - cortando serviços e cobrando por tudo -, se deixou insatisfeitos muitos passageiros, têm contribuído para o equilíbrio financeiro das transportadoras.
No mercado brasileiro, além disso, há mais concorrência: as duas companhias dominantes - TAM e Gol - têm de disputar os clientes com as empresas menores, cujo peso chegou a 17% do mercado no mês passado, segundo a Anac. A Webjet é a terceira maior, com 5,89% de participação no mercado doméstico, seguida pela Azul (5,56%), a Avianca (ex-Ocean Air, com 2,45%) e a Trip (2,29%).
Os passageiros sofrem com a falta de investimentos da Infraero e a incapacidade dos principais aeroportos de atender ao crescimento da demanda - problemas admitidos pela Anac. "Desde o ano passado, o crescimento já saiu de São Paulo e está centrado no resto do País, porque Congonhas e Guarulhos estão com limitações no número de voos", declarou a presidente da agência, Solange Vieira. O Aeroporto de Guarulhos já atende 22 milhões de passageiros/ano, 10% acima da capacidade nominal.
As limitações de voos, para reduzir atrasos e a superlotação dos saguões, são condenadas pelo especialista Paulo Sampaio. "Em vez de falar em investimento, fala-se em restrições", disse ao Estado. "Nenhum setor do governo está tratando o assunto com seriedade. Dessa forma, o problema não está sendo resolvido, mas transferido para outros aeroportos."
Sem os investimentos previstos na infraestrutura, haverá comprometimento das obras que teriam de estar prontas até a Copa do Mundo de 2014. Para ampliar a capacidade dos Aeroportos de Guarulhos, Galeão, Confins e Salgado Filho, dos 47,5 milhões de passageiros/ano atuais para 59,1 milhões, em 2013, será preciso investir R$ 3,2 bilhões com eficiência e rapidez. Mas até agora a Infraero deu prioridade à transformação dos aeroportos em shopping centers. 
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Um comentário:

  1. Isso está virando comédia. Midiáticos, virem o disco. Como que os turistas sairão ou chegarão aos Aeroportos???? Sejamos coerentes. O Brasil não é feito somente de Aeroportos. Os torcedores de uma Copa do Mundo representam um percentual menor que os foliões do carnaval, sendo que nos últimos anos não houve caos da infraestrutura, embora propalado à exaustão. Foquem também nos investimentos em acessos viários, coleta de lixo, coleta de esgoto, drenagem, segurança pública e um detalhe quase imperceptível: ESTÁDIOS. Ou será que os jogos serão realizados no âmbito dos Aeroportos??? Talvez seja essa a informação que somente a imprensa tem.

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