Esta é uma das melhores notícias dos últimos meses. Realmente alvissareira.
Parabenizo o Pres. Lula pela coragem de prosseguir um movimento iniciado no governo FHC pelo então Min Bresser Pereira bombardeado incolumemente pelo próprio PT. De fato estou esbasbacado...e extremamente feliz e esperançoso. Talvez daqui a alguns anos a nossa carga tributária que também ajuda a sustentar os mamateiros, venha a ter uma sutil diminuição.
Recomendo aos amigos o livro do Prof Vicente Falconi,
"O Verdadeiro Poder" onde ele fala do assunto com mais propriedade, posto que foi contratado no início do Governo de Aécio Neves que ajudou, sobremaneira, com este tipo de iniciativa, a Adm Pública mineiro o que ajudou, em parte, a manutenção de elevados índices de aceitação popular daquele governador.
Aos amigos mais antigos distribuí cópia de um excelente artigo sobre este assunto e sugeri que fosse lido, meditado e arquivado para consultas futuras. Quem o quiser use o email do blog para me informar da necessidade.
Amigos, este tipo de ação estimula a governança pública, exercida por cidadãos sobre os funcionários públicos que são pagos pelo dinheiro que o contribuinte paga fielmente em todas as suas despesas. Se quisermos diminuir os custos básicos dos serviços públicos é uma ótima maneira de começar.
Ah!! Por uma questão de justiça, caso o oponente venha a ganhar ele manterá tal ação por uma questão de coerência com sua atual administração. Se ele vier a dizer que "nunca dantes no país de Abrantes...ou seja, nunca antes foi feito" voltarei com este artigo para todos para fazer justiça ao atual.
A incorporação pela administração pública federal de critérios para avaliação do desempenho dos seus servidores, de acordo com decreto recentemente assinado pelo presidente da República, representa um avanço na direção da redução da burocracia e do melhor atendimento aos cidadãos. Pelas novas normas, que serão plenamente implementadas no prazo de um ano, as gratificações pagas aos servidores, que podem chegar até a 100% dos seus proventos fixos, passarão a ser concedidas de acordo com o empenho de cada um no cumprimento de metas a atingir ou na condução de planos de órgãos federais.
A inovação pode concorrer para mudar a imagem estereotipada do servidor público, visto por muitos como descomprometido com o trabalho, mestre em desculpas por atrasos e negligente na prestação de suas obrigações. Faça-se, no entanto, justiça: não são poucos os funcionários públicos federais, estaduais e municipais que primam pelo zelo e competência em suas funções e pela boa vontade em atender os cidadãos, que, afinal, pagam os seus salários.
Pelo sistema que começa a ser colocado em prática em 48 carreiras do serviço público federal, abrangendo 200 mil pessoas, o pagamento das gratificações passará por uma avaliação individual que será realizada periodicamente. Outras seis carreiras públicas já adotam esquema semelhante. Neste processo, o resultado da nota de cada um será determinado em 15% pela autoavaliação do funcionário, 60% pela sua chefia imediata e 25% pelos seus colegas, o que incentiva o trabalho em equipe.
Os funcionários que obtiverem notas baixas não só ficam sujeitos a receber um adicional menor na mesma proporção da nota recebida, como serão encaminhados para cursos de treinamento ou reciclagem, que os próprios órgãos públicos podem oferecer ou para instituições especializadas em capacitação profissional. Sendo o emprego público estável, está excluída a hipótese de demissão, a não ser pelos motivos previstos em lei.
Não é um sistema perfeito, mas representa uma absoluta inovação no serviço público federal ao introduzir nele, de forma transparente e responsável, a meritocracia. Quando declarou ao Correio Braziliense (18/4) que se trata de uma mudança de cultura no setor público, Simone Velasco, da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, não cometeu nenhum exagero. Efetivamente, como ela ressaltou, não se pode mais deixar que o servidor evolua na carreira apenas pelo tempo de serviço.
Isso é tanto mais verdadeiro em face da evolução dos métodos informatizados de trabalho, que estão exigindo melhor qualificação dos servidores públicos. Houve, por exemplo, notável melhora em alguns setores do governo, com o recebimento de dados pela internet e o fornecimento pelos órgãos públicos, pela mesma via, de registros, certificados, licenças, etc. Mas a papelada exigida de qualquer empresa para a condução de seus negócios ainda representa um pesado custo, que a eficiência dos serviços públicos pode contribuir muito para amenizar. E a burocracia ainda inferniza a vida de milhares de cidadãos.
Seria de esperar que o maior uso de tecnologia, como ocorreu no setor privado, levasse a um menor número de admissões de funcionários, mas não é o que se pode concluir em vista da elevação constante dos gastos correntes do governo federal. Faz parte dos hábitos o preenchimento quase automático de vagas abertas com aposentadorias, além da contínua expansão do aparelho governamental. Isso não deveria ocorrer, havendo como há ganhos de produtividade. Os quadros dos órgãos públicos, em alguns casos, podem ser enxugados e pode haver também remanejamento de servidores para outras áreas em que possam ser úteis.
Muito há ainda que fazer para racionalizar a administração pública, como se vê. O decreto de avaliação de desempenho mostra que a administração pública cuida de se modernizar para poder acompanhar a evolução da sociedade brasileira.
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já é um início!
ResponderExcluirSem dúvida, a idéia é positiva. Aguardemos os desdobramentos; será que na atual 'República Sindicalista' não incluirão algo como irredutibilidade de vencimentos, direito adquirido e outras coisas do gênero, e assim haverá MAIS uma gratificação (o autor do texto em determinado ponto fala em "adicional")? O próprio processo de avaliação poderá (deverá?) ser contaminado pela partidarização da máquina pública, ou seja, a já notória politização do serviço público será determinante no cotidiano dos funcionários. Melhor seria se os clientes - e não seus pares - avaliassem esse desempenho. Fiquemos atentos, porque 'nunca antes...' se deturpou tanto as boas idéias como atualmente.
ResponderExcluirMuito feliz a colocação - e que muitíssimo raramente se vê - a respeito do custo público pago pelo setor privado, isto é, muito além dos impostos de quase 40% do PIB (..."Mas a papelada exigida de qualquer empresa para a condução de seus negócios"...). Houve época em que, na média, as empresas nacionais gastavam 50% de seu custo administrativo para administrar obrigações fiscais; hoje beira 80%. Nossos sistemas fiscal e tributário caóticos são extremamente onerosos e isso, lembro, não gera PIB. Mais uma vertente para o 'custo Brasil'. Mas afinal somos ricos e podemos esbanjar, n'est-ce pas?
O sistema de mérito é o mais recomendado !
ResponderExcluirGustavo Heck