quinta-feira, 1 de abril de 2010

Saneamento em área rural brasileira é pior do que em países africanos


O que é importante se ressaltar aqui para o cidadão brasileiro é o quanto se é difícil e complexo se gerir um país como o Brasil.



Com 26 Assembléias Legislativas e 5640 Camaras de Vereadores, todo e qualquer projeto inciado em Brasília por Lula, Dilma, Madre Tereza de Calcutá ou o Papa, tem, necessariamente, que ter a anuencia dos atores que acabei de citar, e com isso, a possibilidade de algo progredir ou ter os recursos a eles alocados é muito presente, frequente e, infelizmente, nem sempre bem esclarecida pela mídia.


Este é o principal intuito deste post e não criticar uma bela inciativa que defendo, pois somente assim levaremos o desenvolvimento a todos os recantos deste extenso e complexo território. Somente assim poderemos iniciar uma franca e sustentável marcha para redução de desigualdades promovendo o desenvolvimento sustentável com o aumento da segurança e do bem-estar.


Agora, enquanto o cidadão eleitor achar que somente um ou uma podem promover o desenvolvimento, continuaremos a ter nossos recursos sangrados, nossa carga tributária elevadíssima e a violência nas ruas.


Se o cidadão não fizer mais do que simplesmente achar que já votar é o suficiente, estaremos nos próximos anos perdendo postos de colocação em índices que ajudam a atrair investimentos para países desconhecidos da Africa e Ásia.











Saneamento em área rural brasileira é pior do que em países africanos, diz ONU






A cobertura de serviços de saneamento nas áreas rurais do Brasil é pior do que em países africanos e asiáticos. A informação é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que comparou os dados divulgados pelo 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio com os da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório, divulgado no final de março, mostra um crescimento da cobertura de saneamento nas áreas rurais de 10,3%, em 1992, para 23,1%, em 2008, mas destaca que ainda faltam soluções adequadas para a coleta e o tratamento dos esgotos domésticos.

Segundo o PNUD, a proporção de 23,1% dos moradores rurais atendidos por saneamento adequado é inferior à da zona rural do Sudão (24%), Nepal (24%), Nigéria (25%), Afeganistão (25%) e Timor Leste (32%).

Em 1992, 89,7% da população não tinham acesso adequado a esgoto; em 2008, eram 76,9%. Para cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015 será necessário reduzir essa proporção para 44,85% nos próximos cinco anos.

O diretor de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sérgio Gonçalves, explica que as realidades das áreas rurais do Brasil e dos países da África são muito distintas e não devem ser comparadas. “No Brasil, 80% da população mora na área urbana e no Sudão é o inverso e com características muito distintas”, afirma.

Segundo Gonçalves, o grande espaçamento entre as comunidades rurais dificulta a instalação de redes de saneamento. “As obras de saneamento rural são diferentes das urbanas. A dispersão das moradias torna muito cara a construção de redes de saneamento. Essa situação é amenizada porque nesses locais há água abundante para construção de poços e espaço para fossas, o que não acontece nas favelas”, esclarece.

O diretor do Ministério das Cidades afirma também que foram investidos R$ 4 bilhões de recursos do PAC para saneamento na área rural e que estão previstos outros R$ 4 bilhões para o PAC 2, mas que mesmo assim há dificuldades em cumprir os Objetivos do Milênio.

“O Brasil ficou muitos anos sem investir e temos um grande passivo para atingir as metas do milênio. Nem todas as obras ficarão prontas até 2015 e nas regiões Norte e Nordeste a situação é ainda mais difícil devido às grandes distâncias”, salienta.

De acordo com Gonçalves, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) está concluindo o Programa Nacional de Saneamento Rural, que deve ser lançado ainda este ano para ser implementado em 2011.

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