sexta-feira, 2 de abril de 2010

General Heleno: "Hoje é fácil falar sobre abusos na luta contra a subversão"


Fazendo uma leitura do artigo: Foi publicado em uma revista de circulação majoritária entre empresários e classes A e B.

O editor-chefe é o Mino Carta, um italiano da ala intelectual alinhado à esquerda radical no país que, surpreendentemente, veio em público criticar o PNDH3 e a defesa de Battisti mantido no país, ele foi um dos poucos a reconhecer o criminoso ao invés do exilado político.

Enfim, o tendencioso jornalista perdeu a chance de se aprofundar em um tema importante e, assim, ressalta-se como a sociedade vive à mercê de pessoas incompetentes nos meios de comunicação.
Demonstra-se que o jornalista está mais preocupado em criar um factóide de vulto ao traduzir falas com recados a pessoas específicas a fim de gerar tensões desnecessárias.

Por fim, lamento que a parcela importante da sociedade que ainda lê esta já não tão conceituada revista, tenha perdido a chance de conhecer com melhor profundidade o amplo e complexo programa de desenvolvimento que é, também, a Estratégia Nacional de Defesa. A bem da verdade aqui ofuscada, tal estratégia alinha o desenvolvimento para a Defesa à articulação interministerial de setores importantíssimos, tais como Energia, Saúde, Transporte, Telecomunicações, Infra-Estrutura e Ciência e Tecnologia a uma eventual regência de projetos a partir do MIN DEF o que levaria, inevitavelmente, a uma constante auditoria pública de projetos e usos de recursos. Como tais ministérios são infindáveis fontes de recursos controladas por partidos nos três principais escalões de gestão, os próprios ministros civis daquelas pastas se apressaram em forçar um eventual apoio ao PNDH3 a fim de esvaziar a END e poder transitar livres com fartos recursos de investimentos.

Assim, para o incompetente e parcial jornalista, fica mais fácil e palatável para o público ávido de factóides e fofocas palacianas, "mandar" uma de que a END existe simplesmente para esvaziar e tirar poder de generais.

Enfim, os que tentam escapar de Bigs Brothers, jornais repetitivos e teatralizados e programas dominicais se depara com este tipo de jornalistas.
Lamentável, lamentável, é na mão dessa ingnara que nossa sociedade hoje se encontra entregue.
General Heleno: "Hoje é fácil falar sobre abusos na luta contra a subversão"
Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército manda mais um duro recado para a ala esquerda do governo
LEONEL ROCHA
O general Augusto Heleno, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, tem o hábito de fazer declarações duras e, muitas vezes, contrárias às orientações do governo. Por diversas vezes ele já criticou, por exemplo, a demarcação de terras indígenas em terras contínuas nas fronteiras, que considera arriscadas para a segurança nacional. Na terça-feira (30), Heleno voltou a fazer declarações polêmicas. Durante uma solenidade em Brasília para a troca de dois comandantes do Exército, o oficial mandou um duro recado para a ala esquerda do governo: “Hoje, fora do contexto, é fácil falar sobre abusos na luta contra a subversão. Como deveriam ter agido as forças legais? Saibam os que nos condenam, muitos deles ex-terroristas e ex-guerrilheiros, hoje ocupando altos postos da República, e que jamais defenderam ideais democráticos, que nossa paz teve um preço. Ela é um legado daqueles que cumpriram sua missão e não fugiram ao dever, nem à luta”.

No discurso feito de improviso na solenidade realizada no quartel general do Exército para empossar o general João Vilela, no Comando Militar do Sudeste, e o novo vice-chefe do departamento de Ciência e Tecnologia, general João Mário Facioli, Heleno fez uma homenagem aos colegas que combateram os grupos guerrilheiros: “Gostaria de aproveitar o momento e a data para reverenciar os companheiros que ajudaram a derrotar a luta armada e impediram que o Brasil seguisse o exemplo de Cuba, da Coreia do Norte, de Angola, da Albânia e da União Soviética”. A data a que Heleno se referia é 31 de março, aniversário de 46 anos do golpe militar que instituiu em 1964 a ditadura que durou 21 anos. 

As palavras do general têm endereço certo: a ex-ministra chefe da casa Civil,Dilma Rousseff, candidata do PT e do presidente Lula ao Palácio do Planalto. Ela foi dirigente da VAR Palmares, organização armada que combateu a ditadura nos anos 1970, terminou presa e torturada na cadeia. Se ganhar as eleições, Dilma será comandante-em-chefe das Forças Armadas. Outros ministros também foram guerrilheiros, como o secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, e o secretário de Comunicação Social, Franklin Martins

Ex-comandante militar da Amazônia e das Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, general Heleno comparou a situação brasileira, nos anos 1960, ao que acontecia na Colômbia onde também havia movimentos armados de esquerda. “Quando surgiram os primeiros focos de guerrilha, o Estado colombiano vacilou em tomar decisões duras. O resultado são mais de 40 anos de guerra civil, quase 50 mil mortos, quase 200 vezes mais do que aqui”. Procurado por ÉPOCA, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que não sabia do discurso e não iria comentar os recados do general. 

Heleno reafirmou as palavras do discurso em entrevista por telefone. E falou mais. “São eles (ex-militantes de esquerda) que colocam no currículo que foram guerrilheiros”, disse o general. 
O discurso de Heleno demonstra como Jobim ainda encontra resistência na cúpula das Forças Armadas em assuntos como a criação da Comissão da Verdade, encarregada de apurar torturas a presos políticos durante a ditadura e de investigar o desaparecimento de militantes das organizações de esquerda. Desde que tomou posse, em julho de 2007, Jobim encontra dificuldades para implantar a Estratégia Nacional de Defesa, uma reforma na estrutura militar que retira poder dos generais. 

Em fevereiro, Jobim exonerou o general Maynard de Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal do Exército, aposentado na semana passada. Em fevereiro, Santa Rosa escreveu uma carta divulgada pela internet chamando a Comissão da verdade de “comissão da calúnia” por ser composta, segundo ele, apenas com representantes da esquerda e de familiares dos desaparecidos.

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