terça-feira, 13 de abril de 2010

Rio 1940

Aproveito para enviar fotos recebidas de um amigo.
Vejam o resultado de uma chuva torrencial no centro da antiga cidade.




Praça da Bandeira





Rua Jardim Botânico



Rua do Riachuelo




Rua Santa Luzia




O que elas, nessa época tinham em comum? Estavam próximas à encostas ou a confluência de galerias fluviais e rios.

O volume de água proveniente de uma chuva torrencial chega, em função da altura e inclinação das encostas, até 10m/seg. Com esta força pouca coisa resiste, ainda mais se vier arrastando troncos ou objetos pesados.

A aglutinação em torno da saída para vazão se dá em função da área de escoamento ser insuficiente para esta vazão.

Imagine, agora, milhões de pessoas habitando, produzindo restos de comida, excrementos, lixo orgânico ou não e as galerias com o mesmo tamanho antigo? Enchente.

Aí vem a natural pergunta: O que um Estado que, historicamente, em função da extração do petróleo deixou de fazer para investir em infra-estrutura? O dinheiro se foi para despesas de custeio da máquina pública e pagamento de pessoal, em sua assombrosa maioria. Ah!!! e por que isto acontece? Porque o pacato cidadão não está habituado a viver sua responsabilidade democrática.

E o que se pode fazer com a absurda quantidade de recursos que virão do pré-sal? Pode se esvair, da mesma forma que a água quando não está represada. É, querendo-se ou não, uma escolha do cidadão carioca e fluminense. Nós só temos condições de ficar assistindo, pois não há como se fazer o trabalho por eles, ou assumir a responsabilidade que é deles.
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